O romance clichê da Netflix vai te assegurar 95 minutos de diversão e relaxamento Divulgação / 20th Century Studios

O romance clichê da Netflix vai te assegurar 95 minutos de diversão e relaxamento

“Jumper” serve-se bem dos vários clichês que elenca ao cabo de hora e meia, abrindo espaço para que personagens às vezes antagônicos entre si integrem núcleos coesos, dando à história o ar de fábula que enverga com gosto. Aqui, tudo quanto se deseja é manter a acesa a chama da rebeldia, que aquece todos os outros sentimentos de que o existir se nutre.

A humanidade não está piorando, só está mais conectada com o mal

A humanidade não está piorando, só está mais conectada com o mal

Não sou um indivíduo dos mais otimistas. Na verdade, tanto pé atrás, tantas reservas em relação ao papel do ser humano na Terra incomodam muito mais a mim do que a terceiros. Para começo de conversa, não me perco em lamúrias e nostalgia, ao sustentar a tese de que a humanidade está piorando a cada dia. Ao contrário, tenho certeza de que já melhoramos — e muito — com exceção, talvez, dos cuidados com a sustentabilidade do meio ambiente

O filme mais caro e um dos mais assistidos da história da Netflix (e, talvez, você não tenha visto) Paul Abell / Netflix

O filme mais caro e um dos mais assistidos da história da Netflix (e, talvez, você não tenha visto)

 “Agente Oculto” (2022), dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo, custou à gigante do mercado de filmes sob demanda a enormidade de 200 milhões de dólares, o orçamento mais caro para um longa feito pela empresa. Inspirado no romance homônimo de Mark Greaney, estreia do autor no mercado literário em 2009, o blockbuster dos responsáveis por “Vingadores: Ultimato” (2019) e pontapé inicial da Netflix rumo a uma megafranquia própria se apoia muito mais no elenco que propriamente na história para cavar esse espaço, e nisso deu um tiro certo.

Deliciosamente encantador, filme da Netflix vai tocar cada cantinho da alma e acalmar o coração Divulgação / Natxo Martinez Hermoso

Deliciosamente encantador, filme da Netflix vai tocar cada cantinho da alma e acalmar o coração

O cinema da Espanha, além de colocar na praça filmes quase sempre irretocáveis, tem se caracterizado pela regularidade. Não se passa um ano, com ou sem pandemia, em que o público não se surpreenda com um lançamento da indústria cinematográfica do país, cada vez mais vigorosa não só por contar com vultoso investimento estatal, mas principalmente pela filosofia de reunir profissionais que não se permitem estagnar intelectualmente. “Viver Duas Vezes” é mais um exemplo do que pode o cinema quando cai em mãos zelosas.

As memórias, o som e a fúria de Marcelo Rubens Paiva

As memórias, o som e a fúria de Marcelo Rubens Paiva

Quarenta anos atrás, Marcelo Rubens Paiva fez o caminho inesperado para um jovem entrando na idade adulta: começou a escrever suas próprias memórias. Memorialismo é coisa de quem passou por poucas e boas na vida ao longo de muitos anos. Narrativa de velhos escritores ou aventureiros que viajam pelo mundo. Mas aquele rapaz enfrentou barras pesadíssimas desde cedo e que mereceram registros nos livros “Feliz Ano Velho” (1982), “Ainda Estou Aqui” (2015) e “Meninos em Fúria” (2016) — este último escrito em parceria com o músico Clemente Nascimento.