No cenário do cinema argentino, “Elena Sabe”, dirigido por Anahí Berneri, apresenta uma narrativa detalhada sobre a complexidade dos relacionamentos familiares, focando na dinâmica entre mãe e filha. Adaptado do romance de Claudia Piñeiro, o filme explora a vida de Elena, interpretada por Mercedes Morán, uma idosa enfrentando o mal de Parkinson e lidando com as repercussões de um passado difícil, principalmente em sua relação com a filha, Rita. O enredo não se limita a abordar as dificuldades pessoais, mas também reflete sobre maternidade e envelhecimento.

A Netflix vem constantemente atualizando seu repertório com novos títulos, abrangendo uma variedade de estilos e preferências cinematográficas. Entre as adições mais recentes ao seu catálogo, três filmes se distinguem. Eles chamam atenção não só pela sua produção cuidadosa, mas também pela maneira como desenvolvem suas histórias, apresentando enredos que são capazes de prender a atenção do público.

A exemplo de 99,9% das histórias sobre o assunto, “Última Chamada para Istambul” também registra que o hemisfério norte não sofre com a escalada dos termômetros, porém todas as outras confusões vêm até com muito mais energia, e muito antes do que acontece no lado de baixo do Equador com o Dia de Ação de Graças, um feriado instituído para que as pessoas disponham de tempo para, como no Natal, agradecer por suas conquistas. Sem querer, o filme do turco Gönenç Uyanık é um manifesto contra o farisaísmo das datas e sua felicidade compulsória.

“Elena Sabe” é mais uma dessas preciosidades da indústria cultural argentina, pródiga em tirar o melhor das tantas manifestações artísticas sem maiores pretensões e, ao fazê-lo, fomentar pequenas grandes reviravoltas no cenário cultural e filosófico da vida contemporânea. A versão de Anahí Berneri para o livro de mesmo nome de Claudia Piñeiro, tem o condão de preservar o frescor da pena da “Hitchcock Cisplatina” ao passo que oxigena o que é contado graças às precisas decisões estéticas da diretora.