A obra-prima, de amores mortos e redivivos, que criou uma geração de cinéfilos
O deserto do meio-oeste americano suscita emoções — e delicadezas — dignas da mais romântica das cidades. A atmosfera de sublime nostalgia logo no princípio de “Paris, Texas” (1984), deixa claro o que o diretor Wim Wenders pretendia ao emulsificar França e Velho Oeste, ainda que a Paris do título nada tenha a ver com a Cidade Luz, à exceção de sua natureza surpreendentemente encantadora. “Paris, Texas” não é um filme romântico, mas é um filme de amor, ou melhor, de amores.