Arquivos

Das prateleiras para as telas: a obra-prima da literatura que se transformou em um dos mais belos romances do século 21, na Netflix Divulgação / Focus Features

Das prateleiras para as telas: a obra-prima da literatura que se transformou em um dos mais belos romances do século 21, na Netflix

Poucas narrativas no universo das artes dramáticas exibem tamanha complexidade estrutural e emocional quanto “Desejo e Reparação”, o intricado drama de época dirigido por Joe Wright, baseado na obra homônima de Ian McEwan. Publicado em 2001, o romance, considerado um dos textos mais sofisticados da literatura contemporânea, oferece uma trama que se desdobra em camadas, conduzindo o leitor e, posteriormente, o espectador, por um labirinto de escolhas morais, arrependimentos e verdades inquietantes. O roteiro de Christopher Hampton captura essa essência com uma precisão cirúrgica, mantendo a elegância da narrativa enquanto amplifica sua força visual e emocional.

Kate Winslet e Jack Black em uma das melhores comédias românticas do século 21, na Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Kate Winslet e Jack Black em uma das melhores comédias românticas do século 21, na Netflix

A narrativa gira em torno de duas mulheres, Iris (Kate Winslet) e Amanda (Cameron Diaz), que decidem trocar de residências durante as festas de fim de ano, em um esforço para escapar de suas rotinas desgastantes. O que poderia ser apenas uma decisão impulsiva se desdobra em uma jornada de autodescoberta, com cenários emocionais que dialogam com os dilemas interiores de cada personagem. Mais do que uma troca de espaços físicos, o filme aborda temáticas universais como a necessidade de romper padrões destrutivos, a importância do autocuidado e a coragem de recomeçar — questões que ganham relevância em um mundo que valoriza cada vez mais o debate sobre saúde mental.

Romance inspirador que vai te fazer recuperar a fé em amor verdadeiro, na Netflix Divulgação / Universal Pictures

Romance inspirador que vai te fazer recuperar a fé em amor verdadeiro, na Netflix

Publicado em 1991, o romance de Rivers conquistou leitores ao redor do mundo, com mais de 3 milhões de cópias vendidas. Ainda assim, a essência da obra não é completamente original, pois busca inspiração na história bíblica de Oséias e Gômer, encontrada no Velho Testamento. Na narrativa sagrada, Oséias é instruído por Deus a se casar com Gômer, uma mulher que vive como prostituta. Esse casamento é descrito como uma alegoria para o relacionamento entre Deus e o povo de Israel, que, na época, enfrentava uma profunda crise moral e espiritual.

O filme apaixonante que vai anestesiar sua alma e fazer você sentir o ar de Paris, no Prime Video Divulgação / Global Screen

O filme apaixonante que vai anestesiar sua alma e fazer você sentir o ar de Paris, no Prime Video

Se você pensa que a paixão de um octogenário por uma moça cinquenta anos mais nova é coisa de cinema, você está enganado: nem nos filmes isso acontece mais, decerto por pressões que em nada se relacionam com o expediente cinematográfico. No entanto, “O Último Amor de Mr. Morgan” não deixa de ser uma profissão de fé no mais humano dos sentimentos, ainda que sob um outro prisma. Sandra Nettelbeck imprime um tom ambíguo a seu filme até determinado ponto, quando resolve colocar tudo em pratos limpos. Enquanto esse acerto de contas com a história não vem, o espectador ludibria-se com atuações sublimes.

A história de amor mais comovente e emocionante do último ano chegou ao Max e já é o filme mais assistido do Brasil na atualidade Divulgação / Karen Kingsbury Productions

A história de amor mais comovente e emocionante do último ano chegou ao Max e já é o filme mais assistido do Brasil na atualidade

Filmes baseados em histórias que acontecem a todo momento com gente comum sempre encerram lições, para os dois grupos, e no caso de “Outra Chance para o Amor”, o velho embate entre ciência e religião ganha corpo num vaivém de confluências e desencontros, que deságuam primeiro num perda e no consequente luto que dela brota, como uma rosa no pântano, até que o tempo, esse senhor da condição humana, estance a sangria. Tyler Russell adapta o best-seller da americana Karen Kingsbury de modo a deixar claro que qualquer pessoa está sujeita a passar pelo que se vê ali, mas que a travessia sempre pode ficar mais amena.