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Tom Cruise vive o piloto real que traficava para Escobar e trabalhava para a CIA — ao mesmo tempo Divulgação / Universal Pictures

Tom Cruise vive o piloto real que traficava para Escobar e trabalhava para a CIA — ao mesmo tempo

Tramas como a que se desenrola em “Feito na América” são tão absurdas que só poderiam mesmo ter sido compostas pela vida como ela é, e Doug Liman tira toda a inspiração que consegue desse caos. Liman serve-se bem dos vários clichês que elenca ao cabo de 115 minutos, abrindo espaço para que personagens às vezes antagônicos entre si integrem núcleos coesos, dando à história o ar de fábula que enverga com gosto. Aqui, tudo quanto importa é manter ardendo a chama de uma rebeldia muito particular, simbolizada por um tipo a um só tempo carismático e perigoso.

Quando o crime vira poesia: por que Sin City continua cult — e ainda incomoda 20 anos depois? Divulgação / Dimension Films

Quando o crime vira poesia: por que Sin City continua cult — e ainda incomoda 20 anos depois?

Violento até o osso e estilizado como uma HQ viva, “Sin City: A Cidade do Pecado” transforma o submundo noir em um espetáculo visual de brutalidade ritualizada. Dirigido por Robert Rodriguez e Frank Miller, com participação de Quentin Tarantino, o filme mergulha em vinganças febris, moralidades corrompidas e uma estética de alto contraste que redefine os limites do cinema adaptado de quadrinhos com ousadia gráfica e uma atmosfera densa e hipnótica.

O maior fracasso da carreira de Robert De Niro chega ao streaming brasileiro após fracassar nas bilheteiras em 2025 Divulgação / Warner Bros.

O maior fracasso da carreira de Robert De Niro chega ao streaming brasileiro após fracassar nas bilheteiras em 2025

Em “The Alto Knights”, Barry Levinson convoca Robert De Niro para um duelo interno entre dois titãs da máfia: Frank Costello e Vito Genovese. Com um pé na nostalgia e outro no artifício, o filme revisita códigos do gênero enquanto tenta se equilibrar entre a elegância de um e a fúria do outro, apostando na dualidade como motor dramático e na memória como território de disputa. Um jogo de espelhos onde a repetição ecoa mais alto que a reinvenção.

O melhor suspense que você verá neste fim de semana acaba de estrear na Netflix Divulgação / Netflix

O melhor suspense que você verá neste fim de semana acaba de estrear na Netflix

Há muitas camadas em “O Jogo da Viúva” — um casamento fracassado; uma mulher jovem, bonita e ambiciosa procurando aventuras, prazeres, e realizações; um homem de meia idade carente, cheio de tédio e propenso a alimentar fantasias pueris —, todas apontando para uma tragédia. Enquanto ela não vem, o diretor Carlos Sedes descortina as muitas faces da hipocrisia, misturando as tantas contradições do amor e dos elementos que a compõem à desfaçatez mais perversa, de modo a deixar o espectador a um só tempo confuso e excitado.

Ninguém pediu, mas ele veio mesmo assim: terror adolescente que não promete nada e entrega menos ainda Alan Markfield / Netflix

Ninguém pediu, mas ele veio mesmo assim: terror adolescente que não promete nada e entrega menos ainda

Há um tipo de ilusionismo barato no cinema de terror contemporâneo que tenta se sustentar em truques narrativos exaustos — como o velho artifício de revelar o clímax logo de cara para depois arrastar o espectador por um caminho que ele já sabe onde termina. “Rua do Medo: Rainha do Baile”, mais recente incursão do universo adaptado das obras de R.L. Stine, se afoga nesse truque gasto, incapaz de transformar antecipação em ansiedade.