Dá-lhes, Joyce!
Fruir o lúdico joyceano. É o mínimo que “Finnegans Wake” espera de nossa parca inteligência. Fruir (vide mestre Aurélio) é “estar na posse de”. Se você não toma posse do texto, nada possui ou extrai dele; deixa, então, que o texto lhe possua. Esteja possuído, e já se dê por satisfeito. “Tirar de uma coisa todo o proveito, todas as vantagens possíveis, e, sobretudo, perceber os frutos e rendimentos dela”, prossegue mestre Aurélio, arrematando que fruir é desfrutar. Desfrute, ó falso leitor — “hypocrite lecteur”, diria Baudelaire.