Autor: Nei Duclós

Romance com Meryl Streep, ganhador de 7 Oscars, está na Netflix e você não assistiu Divulgação / Universal Pictures

Romance com Meryl Streep, ganhador de 7 Oscars, está na Netflix e você não assistiu

Filme épico de transformação social e pessoal, “Entre Dois Amores”, de Sydney Pollack, com Meryl Streep e Robert Redford, tem inspiração direta no clima e no ritmo dos clássicos da escola David Lean. Há o envolvimento conflituoso romântico de “Doutor Jivago”, a crueza de “Passagem para a Índia” e personagens inesquecíveis da fauna britânica entre os hábitos e a presença dos povos dominados.

O melhor filme de suspense de 2023 está na Netflix e você ainda não assistiu Divulgação / Netflix

O melhor filme de suspense de 2023 está na Netflix e você ainda não assistiu

Há ilustres antecedentes para o thriller espanhol “Infiesto” (2023, Patxi Amezcua). A distopia premonitória de “Os 12 Macacos” (1995) ambienta em 2035 a devastação provocada por um vírus, o que acontece uma década e meia antes, em 2021, cenário de “Infiesto”. E a ampla contaminação do crime no tecido social faz parte em “Infiesto” da linhagem que produziu a brilhante série “The Killing”, adaptação da dinamarquesa Forbrydelsen, onde um psicopata provoca matança de adolescentes.

Aplaudido de pé nos cinemas, a mais bela história de amor do século 21, com Joaquin Phoenix, está na Netflix Divulgação / Warner Bros

Aplaudido de pé nos cinemas, a mais bela história de amor do século 21, com Joaquin Phoenix, está na Netflix

Relacionamento virtual não elimina o conflito e mantém o ritmo da realidade: começa com sintonia e deslumbramento e deságua na ruptura. Em “Her” (2013), de Spike Jonze, o protagonista interpretado por Joaquin Phoenix, um escritor de cartas de amor recém-saído de um casamento, não entende por que põe tudo a perder mesmo quando é só uma voz sem corpo a “pessoa” escolhida.

Baseado em livro de J.M. Coetzee, o filme visceral e arrebatador da Netflix que você ainda não assistiu Divulgação / Samuel Goldwyn

Baseado em livro de J.M. Coetzee, o filme visceral e arrebatador da Netflix que você ainda não assistiu

“Esperando os Bárbaros” (Ciro Guerra, 2019) mostra fundas raízes com ilustres antecedentes no cinema e na literatura. O conflito de poder entre a lei e o abuso de poder num forte militar avançado em território inimigo é uma situação limite que expõe a fragilidade imperial fundada na soberba diante da humana presença de povos que não significam uma ameaça.

Poderoso e quase perfeito, obra-prima na Netflix faz o espectador entrar na alma dos personagens Julien Panié / Synapse Distribution

Poderoso e quase perfeito, obra-prima na Netflix faz o espectador entrar na alma dos personagens

Uma cena sintetiza o terror na França ocupada: policiais franceses, e não alemães, prendem um suspeito de ser judeu. Mas ele não é. Apenas trocou de identidade com seu ex-patrão joalheiro judeu para roubar-lhe os depósitos bancários. A troca de identidades foi um crime pontual em consequência de um acordo de guerra. O dono da joalheria, para escapar, transfere seus bens para o empregado, que deverá devolver tudo depois do conflito. O desdobramento é previsível.