Autor: Giancarlo Galdino

Sylvester Stallone talvez nunca se aposente. Em vez disso, Stallone, do alto de uma carreira que prima pela dedicação, continua usando o tempo a seu favor, amolgando rivais — e a si mesmo — com os socos e chutes que recebe de volta, e os trucidando na ponta de fuzis e metralhadoras ou jogando granadas, bombas e o que mais os polpudos orçamentos de Hollywood lhe facultam. Sly protagoniza “Os Mercenários 3” contando com a direção segura de Patrick Hughes, experiente no comando de projetos dessa natureza.

A história de ascensão e queda de Enrico Frattasio começa pelo final. Enrico, o Erry a que o título alude, chega a uma penitenciária de segurança máxima em 1991 com prestígio comparável a de um dos poderosos chefões da Camorra, a máfia da Campânia, no sudeste da Itália, distribuída entre Nápoles e Caserta, bem próximo a Salerno, a cidade natal de Sydney Sibilia, o patriótico diretor de “Mixed by Erry”.

“Baywatch: S.O.S. Malibu” não tem nada de mais e, ao mesmo tempo, cativa, diverte, até emociona — ou seja, dentro de alguns anos, entrará na categoria dos clássicos, exatamente como se deu com aquele seriado de televisão de que dez entre dez garotos crescidos ao longo da década de 1980 se lembram com carinho. A despeito da ligeira confusão geográfica, detectável somente por olhos treinados, o trabalho de Seth Gordon sai melhor que a encomenda, indo muito além de um remake burocrático.