Por trás das postagens da Revista Bula, há jornalistas famigerados por artes e entretenimento, alguns aficionados mais por cinema, outros por livros, alguns pela música ou por tudo junto ao mesmo tempo. Essa equipe está sempre procurando o que há de melhor para ocupar seu tempo longe do trabalho e alimentar seu cérebro com diversão, cultura e conhecimento. Por isso, nossas referências se baseiam na opinião de fontes confiáveis. O Rotten Tomatoes é formado por um exército de críticos especialistas, que atuam no cinema diretamente. Essa seleção traz produções que receberam 100% de tomates frescos no tomatômetro, o medidor de qualidade da plataforma. Entre eles, “Crip Camp: Revolução pela Inclusão”, de 2020, de James Lebrecht e Nicole Newnham; “Host”, de 2020, de Rob Savage; “O que Ficou Para Trás”, de 2020, de Remi Weekes. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix

Camp Jened foi um centro para jovens com deficiência que funcionou por cerca de um quarto de século em Catskill, Nova York. O documentário acompanha vários ex-alunos importantes, dando maior ênfase à Judy Heumann, que liderou a causa dos direitos das pessoas com deficiência na cidade de Nova York, nos anos 1970. Judy depois se tornou ainda mais pública durante a manifestação 504, de 1977, na qual dezenas de pessoas com deficiência exigiram direitos que garantissem equidade.

Seis amigos se conectam para uma reunião mediúnica de vídeo no Zoom, liderada por Seylan, um espiritualista. Ninguém além dele próprio leva o ritual a sério, embora Haley tente fazer com que seus amigos se comportem de maneira respeitosa. Em apenas alguns minutos, o grupo está rindo e zombando de Seylan. Mas as piadas não duram muito tempo, porque um espírito sinistro está prestes a invadir as casas desses jovens e tornar sua noite aterrorizante.

Um casal atravessa o Sudão até a Inglaterra. Durante a travessia, um naufrágio tirou a vida de sua filha, Nyagak. Dela, resta apenas a lembrança em forma de uma boneca que carregava. Divididos entre o trauma e o alívio de finalmente alcançar seu destino, o casal mora em uma residência cedida pelo governo. Enquanto isso, a legalização dos dois no país é avaliada.

Terry Donahue é uma ex-jogadora da Liga Profissional de Beisebol da All-American Girl. Em 1947, ela se apaixonou por sua companheira de vida Pat Henschel. Por aproximadamente 65 anos, elas esconderam seu relacionamento de suas famílias. Agora, que elas devem se decidir sobre como passarão suas aposentadorias, decidem revelar toda a verdade. Durante a maior parte de seu relacionamento, Terry temeu contar a verdade para sua família sobre quem amava. O documentário mostra como sair do armário transcende os avanços da comunidade LGBT pelas gerações e, ainda hoje, invoca medos, preocupações e lutas.

Um curta-metragem com 15 minutos de duração que não possui uma narrativa tradicional, Anima é dividido em três atos, cada um com uma música conduzindo uma parte da história. Os atos são intitulados “Not The News”, “Traffic”, e “Down Chorus”, com visuais oníricos e monocromáticos. O filme faz referências a Jung e embute críticas sociais e políticas em meio às coreografias e encenações musicais abstratas.

O documentário se dedica a aprofundar na vasta diversidade de fungos que habitam a Terra em maior quantidade que os humanos poderiam imaginar. Muito além, inclusive, da penicilina, dos sanduíches apodrecidos na geladeira e de alucinógenos ilícitos escondidos nas mochilas de universitários festeiros. O filme é composto por sequências de timelapse que são colírio para os olhos dos espectadores e tenta desvendar o misterioso, mágico e medicinal mundo dos fungos, capazes de curar, regenerar e contribuir para a vida no planeta.

Will é um veterano de guerra com estresse pós-traumático que vive com sua filha, Tom, em uma barraca no meio de uma floresta no Oregon. Com dificuldades para viver em sociedade, Will ensina Tom a coletar água da chuva, plantar o que eles comem e treinar camuflagem. Apesar dos traumas e da vida às margens, Will é um pai cuidadoso que mantém uma relação saudável, amorosa e protetora com a filha. Até que um dia são avistados, pegos e separados um do outro pelo governo.

Ambientado em Teerã, em 1988, mãe e filha ficam trancafiadas em seu apartamento durante a guerra Irã-Iraque. Resistindo aos bombardeios de mísseis, elas se escondem no porão durante os ataques aéreos enquanto a cidade se esvazia. Em meio a tudo isso, vizinhos sussurram sobre crenças e presságios de destruição. Uma criança órfã de outro apartamento informa que o prédio está assombrado por um “djinn” e coisas estranhas começam a acontecer.

O documentário se concentra nos tempos inebriantes em torno da destituição do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, no início de 2011. Também cobre os dois anos e meio de turbulência da derrubada do sucessor, Mohammad Morsi. Um grupo de manifestantes vão às ruas desafiando os poderes e criando correntes revolucionárias de esperança e conscientização.

No maior lixão do mundo, no Rio de Janeiro, catadores rastejam com suas sacolas em busca de tesouros recicláveis: plásticos, metais e, quem sabe, algo de valor. Embora tenham vidas difíceis, eles ganham cerca de R$ 20 por dia e sentem orgulho do trabalho que realizam para o meio-ambiente. A vida para esses trabalhadores não é fácil e nem agradável, mas faz diferença positiva para o planeta.