11 obras fundamentais da arte brasileira

11 obras fundamentais da arte brasileira

Artistas plásticos (“visuais”, de acordo com a nomenclatura corrente) produzem centenas, e até milhares de obras. Diante dessa quantidade, é inevitável que inúmeras tenham a mesma excelência, motivo pelo qual optamos pela seleção apenas de obras fundamentais. “Obra”, aqui, não significa necessariamente uma peça, mas a produção do artista. A ideia de “um” trabalho mais relevante que outros não faz muito sentido no domínio dos pintores, escultores, performáticos etc. O “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, é um caso singular, constituindo-se verdadeiramente num ícone: é bastante provável que nenhuma outra realização da artista seja mais importante que esse quadro. Mas qual seria o quadro de Portinari acima de qualquer outro? E o de Volpi? Tais escolhas só podem ser emblemáticas. Um parâmetro razoável é determinar alguns grandes artistas, para depois escolher as obras. Como o número deles excede ao desta seleção – que, aliás, contempla apenas um artista vivo –, as exclusões são inevitáveis, embora os listados sejam indiscutíveis.

Nem sempre, infelizmente, há bons registros fotográficos de nossa arte, e nem mesmo os poucos grandes artistas que têm sites disponibilizam boas imagens. Com os museus a situação não é muito melhor. Outra dificuldade é que, quando eventualmente há boas imagens, os dados referentes não são fornecidos: as obras ficam soltas, no ar. Isso é muito comum em relação a Alfredo Volpi, Amílcar de Castro, Franz Weissmann, Oswaldo Goeldi e Eduardo Sued. Uma grata exceção é o site da Fundação Iberê Camargo, de Porto Alegre, bastante completo. Disponibiliza boas fotos, informações das obras e textos críticos, além de ser bem documentado. A preocupação com o legado, segundo parece, também era uma obsessão do artista.

Na seleção aqui apresentada há um acadêmico, três modernistas, quatro neoconcretistas, dois expressionistas e um, digamos, construtivista. Talvez não soe exagerado sublinhar a importância de Lygia Clark e Hélio Oiticica, artistas não apenas que seguiram as vanguardas europeias, mas que foram a própria vanguarda, abrindo caminhos até então inexplorados, para a arte. Eles integram a rara categoria dos pioneiros, numa escala internacional. Para além de eventuais polêmicas, o importante é que o Brasil possui artistas realmente muito bons, reconhecidos aqui e no exterior, cuja produção nos enche de um orgulho genuíno. A arte é a educação dos sentidos, e precisamos dela para enriquecer nossa sensibilidade e percepção do mundo.

Técnica: óleo sobre tela
Ano: 1872 a 1877
Tamanho: 6m x 11m
Local: Museu Nacional de Belas Artes, Rio de janeiro, Brasil

Técnica: óleo sobre tela
Ano: 1928
Tamanho: 72 x 85cm
Local: Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires, Argentina

Técnica: óleo sobre tela
Data: 1944
Tamanho: 181x192cm
Local: Museu de Arte de São Paulo, MASP, Brasil

Técnica: têmpera sobre tela
Data: 1970
Tamanho: 22,9 x 30,5cm
Local: Galeria Simões de Assis, Curitiba, Paraná, Brasil

Three Articulate Blades, de Franz Weissmann
Técnica: Aço sac 50
Data: sem data
Dimensões: 65x44x72 cm
Local: Museu de Arte de São Paulo, MASP, Brasil

Técnica: corte e dobra em aço
Data: anos 1990
Dimensões: 80 cm e 2,5 polegadas
Local: Instituto Amílcar de Castro, Belo Horizonte, Brasil

Técnica: aço com dobradiça
Data: década de 1960
Dimensões: 50.0 x 45.0 cm
Local: Alison Jacques Gallery, Londres, Inglaterra

Ano: 1967
Foto: Claudio Oiticica

Técnica: xilogravura
Data: 1957
Tamanho: 22.00 x 29.50 cm
Local: Acervo Frederico Mendes de Moraes

Técnica: óleo sobre tela
Ano: 1989
Medida: 180cm x 213cm
Local: Acervo Fundação Iberê, Porto Alegre, Brasil

Técnica: acrílica sobre tela
Ano: 2012
Medida: 110cm x 140cm
Local: indeterminado