Romance é um dos gêneros mais venerados do cinema, mas também um dos mais subestimados. Considerado um gênero “inferior”, “feminino”, menosprezado por muitos homens, os romances são tratados como cidadãos de segunda classe no universo cinematográfico. Se as histórias de amor permeiam apenas o imaginário feminino, por que inúmeros romances melodramáticos foram escritos por homens? A sociedade ainda acredita que encontrar o amor e se casar é bom apenas para as mulheres. Os homens, por outro lado, costumam encarar os relacionamentos como prisões. Mas será mesmo? São eles os verdadeiros beneficiados pela companhia de uma mulher, já que as esposas são, em muitos casos, as únicas cuidadoras da família, enquanto nem todo homem é provedor.
Mas, sem querer problematizar demais os romances (embora eu ame isso), há histórias de amor — da vida real e da ficção — que dão certo e não servem apenas para alimentar o patriarcado ou minar a independência e a autonomia feminina. A verdade é que, quando o amor é verdadeiro, ele não aprisiona nenhum dos dois apaixonados, mas os liberta. Encontrar quem se ama é como encontrar seu lugar no mundo, é finalmente descobrir um sentido para a vida. Nunca subestime o poder do amor verdadeiro, porque dividir a vida com quem te valoriza é a melhor forma de vivê-la.
A Revista Bula selecionou algumas produções que vão recuperar sua fé e esperança no amor. Vamos lá?

Uma cantora em busca de sucesso e um fuzileiro naval prestes a ser enviado ao exterior decidem se casar por conveniência, visando os benefícios que o matrimônio traria para ambos. O acordo, inicialmente frio e calculado, os obriga a conviver, mesmo com personalidades opostas e visões de mundo conflitantes. Quando ele sofre um acidente durante a missão e precisa voltar para casa, a convivência forçada passa a revelar camadas de empatia, solidariedade e sentimentos genuínos. Entre batalhas internas, músicas autorais e cicatrizes que não são apenas físicas, os dois descobrem que o amor pode nascer onde menos se espera.

Um vendedor ambicioso do setor farmacêutico, com talento para seduzir mulheres e fechar negócios, conhece uma jovem artista diagnosticada com uma doença degenerativa. Entre flertes casuais e ironias mútuas, nasce uma relação inesperada, marcada por cumplicidade, sarcasmo e um afeto crescente que desafia a superficialidade do mundo ao redor. Enquanto ele sobe na carreira vendendo medicamentos promissores, ela enfrenta as limitações e incertezas da própria saúde com coragem e humor. Juntos, eles tentam entender o que significa amar alguém quando o futuro é tão instável, e quando a vulnerabilidade se torna inevitável.

Um veterinário encantador que vive no Havaí conhece uma mulher doce e divertida em uma lanchonete local e se apaixona à primeira vista. O problema: ela sofre de perda de memória recente, o que faz com que cada novo dia apague completamente o anterior. Determinado a conquistar seu coração, ele precisa bolar novas maneiras de fazê-la se apaixonar por ele todos os dias, como se fosse a primeira vez. Com a ajuda da família e de amigos excêntricos, ele constrói uma rotina de reencontros diários, onde o amor se reinventa a cada manhã, desafiando as barreiras do tempo, da mente e da persistência.

Uma executiva moderna e cética vê sua rotina completamente alterada ao conhecer um homem charmoso, educado e visivelmente deslocado no tempo. O que parecia apenas uma excentricidade revela-se algo ainda mais inacreditável: ele veio diretamente do século 19, através de uma fenda temporal. Convivendo sob o mesmo teto em plena Nova York, os dois enfrentam o choque entre costumes, valores e estilos de vida, enquanto uma conexão improvável se estabelece. Diante das exigências da vida contemporânea e do prazo cada vez mais curto para que ele volte ao seu tempo de origem, os dois precisam decidir o que estão dispostos a arriscar por um sentimento que desafia a lógica e a própria linha do tempo.

Um adolescente tímido e apaixonado por música consegue a chance da vida ao ser escalado para escrever uma reportagem sobre uma banda em ascensão para uma importante revista. Acompanhando a turnê do grupo pelos Estados Unidos, ele se vê imerso no universo caótico do rock dos anos 70, com groupies, egos inflados, crises internas e noites regadas a excessos. Ao lado de uma jovem enigmática que vive à sombra da banda e se recusa a ser chamada de fã, ele aprende lições difíceis sobre maturidade, paixão, ilusão e identidade, tentando equilibrar sua ética jornalística com a intensidade emocional de sua primeira grande aventura.