Por mais gelado que seja um coração, no mais côncavo dele existe o desejo de um amor retribuído. Em tempos de algoritmos, eletrodomésticos descartáveis, harmonizações faciais, influenciadores e redes sociais, nos acostumamos a nos importar apenas com as superfícies. Mas, convenhamos, internamente estamos desesperados por experiências mais profundas.
“Drácula: A História Nunca Contada” (2014), dirigido por Gary Shore, explora a vida de Vlad Tepes, o lendário Vlad 3º, o Empalador. Ao fugir dos clichês dos vampiros, o filme retrata a transformação de um nobre traumatizado pela guerra em uma figura mitológica, tentando proteger sua família e reino. Com Luke Evans no papel principal, a narrativa combina elementos históricos e fictícios, oferecendo uma nova perspectiva sobre o homem que inspirou o mito de Drácula.
Como se fosse uma orquestra regida por Tran Anh Hung, é a música que dita o tempo, as regras e a intensidade. Ele permite que sua arte se desenrole em seus próprios termos, respeitando sua liberdade e autonomia. Juliette Binoche, deslumbrante aos 60 anos, exibe uma mágica, uma energia hipnotizante e pura. A química em tela com o ex-marido, Benoît Magimel, é incrível, embora ela não acreditasse que ele aceitaria o papel por ter de contracenar com ela.
“Um Dia e Meio” (2023), dirigido por Fares Fares, mergulha na complexidade de um relacionamento falido e suas consequências devastadoras. Baseado em um fato real, o filme retrata a desesperada jornada de Artan (Aleksej Manvelov), um homem em busca da custódia de sua filha, em um confronto tenso com sua ex-mulher, Louise (Alma Pöysti). Com uma narrativa intensa e atuações profundas, Fares constrói um suspense psicológico que captura o público do início ao fim.
Parte da jornada de luta e superação de Brico, uma holandesa radicada nos Estados Unidos depois de um grave episódio de desagregação familiar, descortina-se em camadas plenas de líricas e cruciantes minudências em “Antonia: Uma Sinfonia”, em que a diretora Maria Peters mistura notas biográficas romanceadas e uma crítica arguta à sociedade xenófoba e misógina dos anos 1920 para chegar ao mais fundo da alma da protagonista, uma mulher tida por ousada apenas porque não se deixava levar pelo que quisessem pensar a seu respeito.
