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Com o poder de legar ao público um trabalho de fôlego sobre diversidade cultural, choque de civilizações e a própria função do cinema de registrar este fenômeno de maneira abrangente, imparcial e, claro, conferindo-lhe aura de bom entretenimento, “Ya No Estoy Aqui”, cuja estreia já remonta a um pálido 2019, é um monumento fílmico à memória latina.

Contar histórias que tentam despertar uma sensação de otimismo, especialmente quando mergulham em temas sérios, é uma tarefa desafiadora. “O Lado Bom da Vida” consegue escapar do perigo de parecer ingênuo ao confiar em personagens cativantes, interpretados por atores que estão se consolidando como verdadeiras estrelas em Hollywood. O filme se destaca como uma peça única no gênero romântico, distanciando-se de muitas outras obras que falham em transmitir uma mensagem significativa sob o manto de um romance.

A multimilenar cultura oriental, sábia em sua leitura das urgências e dos descaminhos do homem, até pode atenuar os elementos de corrupção mais grosseira, mas, como se assiste em “Perfeição Perdida”, os apetites humanos são rigorosamente iguais quando se trata de encobrir faltas graves, originadas quase sempre pela vontade de se ter não menos que tudo.