Livros

7 livros que sangram com elegância

7 livros que sangram com elegância

Há livros que nos dilaceram sem pressa, como se usassem um estilete de ouro com a pontinha embebida em Chanel nº 5. Você começa a ler, distraído, achando que é só mais um romance sobre perda, guerra ou saudade, e quando percebe, está respirando pela boca, com as pálpebras trêmulas e o psicológico levemente devastado. Não há sangue espalhado nas páginas, há cortes finos, meticulosos, desenhados por autores que sabem exatamente onde mora a dor no corpo do leitor.

5 livros que vão estragar sua tolerância com gente rasa

5 livros que vão estragar sua tolerância com gente rasa

Certos livros não são apenas lidos — são sofridos, absorvidos como febre, metabolizados como ácido. Não foram feitos para entreter ou consolar: foram escritos para expor. Expor o vazio atrás das palavras ocas, a lama sob os vernizes sociais, o abismo que se oculta sob o riso protocolar. Livros que ferem, que pensam alto, que não têm paciência com a burrice performática ou o teatro da leveza forçada. Depois deles, a sensibilidade muda. E o que antes parecia suportável — certas vozes, certas frases — se torna insuportável.

4 livros que são como febre: desconfortáveis e inesquecíveis

4 livros que são como febre: desconfortáveis e inesquecíveis

Há livros que abraçam. Outros que sufocam. E há aqueles que, como a febre, não pedem licença: chegam queimando a testa, embaralham o raciocínio, te deixam trêmulo e com um gosto estranho na boca. A princípio, você pensa que é só um mal-estar literário passageiro, nada que um chá e um pouco de sarcasmo não cure. Mas conforme as páginas avançam, o calor aumenta, o ar rareia, e você percebe que está contaminado por algo maior.

Entre Sidney Sheldon e Rubem Fonseca: onde cabe Raphael Montes? Divulgação / Companhia das Letras

Entre Sidney Sheldon e Rubem Fonseca: onde cabe Raphael Montes?

Tudo começa num sussurro, uma lâmina atravessando o silêncio como se cortasse também o tempo. Há sangue, mas é um sangue asseado, de laboratório, de bisturi, e há um riso que não combina com o corpo no chão. Alguém tropeça em seus próprios medos e chama isso de literatura. Outro ri, fotografando a queda, e vende o retrato como crime psicológico. No fundo, há sempre um cheiro de coisa fingida. Paredes limpas demais. Um monstro de aluguel. A literatura, essa, às vezes aceita sublocação.

Os 7 melhores livros estrangeiros lançados no Brasil em 2025 (até agora)

Os 7 melhores livros estrangeiros lançados no Brasil em 2025 (até agora)

Num ano sem alarde, os livros estrangeiros mais impactantes chegaram pelo avesso: silenciosos, estranhos, densos como sonho de insônia. Não confortam, não explicam. Escavam. Estes sete títulos lançados no Brasil em 2025 não compartilham estilo nem origem, mas carregam algo em comum — a recusa de adormecer o leitor. Uns sussurram à margem do absurdo. Outros reinventam o passado que se fingia fixo. Há quem fale da dor como quem corta papel úmido. Nenhum deles termina onde começa. E talvez por isso ainda estejam vivos, latejando nas páginas.