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A obra-prima de Joyce Carol Oates Bernard Gotfryd

A obra-prima de Joyce Carol Oates

“A Fi­lha do Co­vei­ro” (Al­fa­gu­a­ra, 599 pá­gi­nas, tra­du­ção afi­a­da de Ve­ra Ri­bei­ro), obra-pri­ma de Joyce Ca­rol Oa­tes, é um ro­man­ce que exi­be a be­le­za (Re­bec­ca Schwart, a mú­si­ca de Be­e­tho­ven) cer­ca­da por imen­sa dor (na­zis­mo ale­mão, in­to­le­rân­cia ame­ri­ca­na, vi­o­lên­cia fa­mi­liar). Uma tra­gé­dia gre­ga, con­ta­da por uma Dos­toi­évski que ves­te saia, com uma es­pé­cie de re­den­ção, mas não re­li­gi­o­sa, e sim ter­ri­vel­men­te hu­ma­na.

Do original ausente, sou

Do original ausente, sou

“As Coisas de que não me Lembro, Sou”, de Jacques Fux, me faz lembrar de coisas que não me lembro e que você também não vai se lembrar. O momento em que nasci, da primeira palavra dita, do toque no corpo nu, da boca sem dentes, do primeiro grito de reprovação recebido; quando comecei a ler, a escrever ou a primeira vez que vi de perto a loucura dos outros e a minha. E a loucura do amor? “Não me lembro do amor, mas era só isso que vivia.”

Romance de Alex Andrade se sustenta na construção de sua protagonista

Romance de Alex Andrade se sustenta na construção de sua protagonista

Entrecruzando testemunho e fluxo de consciência, narrativa dá voz a uma mulher de meia-idade que renunciou a própria vida para cuidar do pai senil, vivendo a uma rotina pálida e exaustiva que amortece com vícios e lembranças de um homem enigmático. Então, um evento inesperado muda radicalmente o rumo da história, abrindo passagem para um passado de violências que envolve drama familiar e relacionamento abusivo.