Livros

Bula de Livro: Chão em Chamas, de Juan Rulfo

Bula de Livro: Chão em Chamas, de Juan Rulfo

“Chão em Chamas” é um primor de escrita e inventividade. É uma das mais bem feitas coleções de contos realizadas em língua espanhola. Rivaliza, à altura, com “Olhos de Cão Azul”, de Gabriel García Márquez, ou “Ficções”, de Jorge Luis Borges. Não pelo estilo, obviamente, mas pelo apuro da escrita, pela grandiosidade literária.

Graciliano Ramos é o meu candidato em 2026

Graciliano Ramos é o meu candidato em 2026

Antes de Graciliano Ramos ser Graciliano Ramos, ele foi prefeito de uma corrutela, Palmeira dos Índios, cidade que hoje, imagino, deva ter alguma prosperidade, e escreveu então dois relatórios ao governador de Alagoas. Nos tais relatórios já havia a semente do autor de “Vidas Secas”, um texto conciso, muitas vezes irônico, seco como nordestino sofrido por falta de chuva (sem dós de peito, como resumiu Antônio Cândido), tanto que o poeta Augusto Frederico Schmidt, também editor, perguntou-lhe se ele teria algum romance guardado na gaveta.

O som e as memórias de Bono do U2

O som e as memórias de Bono do U2

A escrita do livro é a voz de Bono em tom baixo e bem distante dos berros nos refrões de músicas como “Pride (in the name of love)”. Trata-se de uma conversa ao pé do ouvido do leitor ou da leitora. Cada um dos 40 capítulos traz o título de uma música conhecida do U2. Ficamos sabendo, por exemplo, que a canção “Cedarwood road” se refere à rua onde ele morava em Dublin, na Irlanda, com o pai e o irmão. Já “Iris (hold me close)” foi a homenagem à mãe que morreu quando ele tinha 14 anos.

5 livros que você deveria ler em 2023

5 livros que você deveria ler em 2023

Nesta lista, você encontra uma seleção com cinco exemplos do que a literatura brasileira produziu de melhor em narrativas longas ao longo de pouco mais de duas décadas deste atribulado século 20. Os textos das sinopses foram fornecidos pelas respectivas editoras, adaptados e acrescidos de nossa visão sobre as obras. Leia (ou releia) todos e diga-nos o que achou.

Milan Kundera e a leveza moderna

Milan Kundera e a leveza moderna

Faz 40 anos que o mundo tomou conhecimento definitivo de um criador importante do universo centro-europeu. Trata-se do tcheco Milan Kundera (hoje cidadão francês), que se tornou fenômeno global com o romance “A Insustentável Leveza do Ser” (1982). No Brasil saindo de uma ditadura, o livro ocupou por anos o topo da lista de mais vendidos. Todos e todas liam no começo dos anos 1980 a obra que misturava as temáticas do sexo e da política, no momento que começava a visão da “modernidade líquida”.