filme

Bayona, conhecido por seus trabalhos anteriores em Hollywood, não se intimida ao retratar a luta visceral pela sobrevivência dos 29 uruguaios, integrantes de um time de rúgbi, após o acidente que os deixou isolados nas gélidas montanhas. O diretor espanhol utiliza a tragédia para explorar temas como solidariedade, resistência e a dura decisão de recorrer à antropofagia para sobreviver. Este último aspecto, embora delicado e controverso, é tratado com a seriedade necessária, sem cair em sensacionalismos desnecessários.

Como se poderia imaginar, “A Sociedade da Neve” não tem novidade alguma. Nada no filme do espanhol J.A. Bayona justificaria desencavar o acidente do voo 571 da Força Aérea Uruguaia, em 13 de outubro de 1972. Contudo, a riqueza de detalhes e, o principal, o apelo estético do trabalho de Bayona, que orienta o diretor de fotografia Pedro Luque Briozzo Scu a carregar nas tintas do desespero e retratar a neve e os rostos daqueles homens em aflitivos tons de azul, num contraste inescapável e igualmente melancólico com o branco estourado sol invernal, dão novo fôlego à história.

Alexander Payne vence a falsa mística em torno do Havaí paradisíaco em “Os Descendentes”, drama de família leve, mas que passa longe de fazer concessões ao fácil, à graça pela graça, e, por esse motivo, um filme raro. Adaptando o romance homônimo de Kaui Hart Hemmings, publicado em 2007, o trabalho de Payne equilibra-se bem entre as cenas de maior impacto e passagens genuinamente engraçadas de humor ora pueril, ora mórbido, conduzidas por atores que têm a dimensão exata de sua importância no enredo.

No filme “Sob o Sol da Toscana”, acompanhamos a transformadora jornada de Frances, uma mulher que, após um divórcio, busca redescobrir seu propósito de vida. Situado na encantadora Toscana, o enredo se desenrola em meio a cenários pitorescos, onde a protagonista enfrenta desafios que refletem suas lutas internas. Este filme é uma narrativa sobre a busca por renovação e a coragem de abraçar mudanças inesperadas.