Crônica

Comendo pelas beiradas a melancolia

Comendo pelas beiradas a melancolia

Adoçar o dia de alguém faz parte do conjunto de esforços pessoais para tornar a vida um pouco mais palatável. Ando prolixo e repetitivo também. Nos textos que escrevo. Nas resenhas em família. Nas piadas com final já conhecido. Nas desculpas de sempre para procrastinar. Eu me amarro numa postergação. Se for adiar a solução de algum problema, por favor, me chame e vamos então tomar um café.

É crédito ou débito?

É crédito ou débito?

Você já passou pelo constrangimento de pagar a conta no restaurante e, na hora de escolher entre crédito e débito, se confundiu? As palavras são tão semelhantes que até os garçons acabam errando, criando um cenário perfeito para enganos. Quem pensou nesse sistema provavelmente vive numa realidade bem distante do nosso cotidiano, onde confusões entre cré e dé são comuns. Talvez seja hora de propor alternativas mais criativas e evitar essa armadilha.

Sonhos medievais de uma mente contemporânea

Sonhos medievais de uma mente contemporânea

Não sei se de fato existe um estado. Apesar de tanto mal, arvorada na hipocrisia, a sociedade segue se organizando aos poucos. Quem nunca viu um enforcamento coletivo não sabe o que está perdendo. Tudo isso faz parte de uma política de cancelamentos. De certo que ninguém ainda tinha concebido exterminar indivíduos numa fogueira ou numa guilhotina.

Ainda não foi desta vez que o Brasil levou o Nobel

Ainda não foi desta vez que o Brasil levou o Nobel

Decepção do Oiapoque ao Chuí. Mais uma vez, não levamos nenhum prêmio Nobel. Nem de Química, nem de Física, nem de Educação Física, nem de Moral e Cívica… Mas desta vez eu consegui achar um motivo para que nós nunca tenhamos levantado esse caneco. Eu vi na televisão que, quando sai um prêmio, os caras da Academia Sueca se reúnem e fazem uma ligação telefônica em viva voz para o contemplado, que quase sempre é pego de surpresa. E é aí que está o problema dos brasileiros.

Todas as enfermeiras vão para o céu; já os médicos, só a metade

Todas as enfermeiras vão para o céu; já os médicos, só a metade

Eu não podia acreditar que o Jantinha tinha morrido numa troca de tiros com a polícia. O telejornal noticiou que os militares encontraram um arsenal no porta-malas do seu carro. Não dava para confiar de olhos fechados na versão da polícia, sabem como é, mas, no caso do Jantinha, provavelmente, ele tinha alguma culpa no cartório, sim, senhor. Não se endireitava o danado. Trágico fim para um sujeito com uma vida desregrada e tortuosa desde sempre.