Livros

5 gêneros literários que mais cresceram em faturamento no Brasil

5 gêneros literários que mais cresceram em faturamento no Brasil

O mercado editorial brasileiro parecia estar apenas sobrevivendo. Mas em 2024, algo — discreto, inesperado — começou a pulsar nas margens. Livros infantis, religiosos, ficção adulta, títulos didáticos e obras de não ficção reagiram com força, puxados por escolas, igrejas e redes sociais. Não foi o centro que se moveu, mas as periferias do hábito. Os leitores voltaram — ou talvez nunca tenham ido embora. O que mudou foi o silêncio em volta deles. Agora, há mais escuta. E talvez por isso a leitura esteja, enfim, reaparecendo com outro nome.

A maioria dos autores brasileiros contemporâneos escreve para agradar editora, não para dizer algo

A maioria dos autores brasileiros contemporâneos escreve para agradar editora, não para dizer algo

A literatura talvez seja a manifestação artística que mais revela-nos os mistérios de nossa humana e miserável natureza. No entanto, parece que certos escritores resolveram ignorar essa função vital de seu ofício e seu potencial revolucionário para apenas corresponder às exigências do mercado editorial e fazer dinheiro. Uma cosmiatria literária toma o lugar de livros autênticos, relevantes, incômodos, num país de poucos e maus leitores. Não é “a” explicação para o problema exposto neste artigo, mas é, sim, uma explicação bastante plausível.

5 livros que foram queimados publicamente — e os motivos por trás disso

5 livros que foram queimados publicamente — e os motivos por trás disso

Queimar um livro não é apenas eliminar páginas — é tentar apagar uma voz, reescrever a memória, domesticar o pensamento. Em diferentes épocas e regimes, governos, religiões e ideologias se reuniram em torno do fogo com a pretensão de silenciar o que não podiam dominar. Mas os livros, por sorte ou ironia, quase sempre sobrevivem melhor que seus algozes. Neste conjunto, cinco obras incendiadas em público revelam, cada uma à sua maneira, o poder incômodo da palavra e a fragilidade de quem tenta contê-la.

4 livros que ensinam que crescer é um baita golpe

4 livros que ensinam que crescer é um baita golpe

Crescer é como abrir um pacote de figurinhas esperando encontrar o craque do time e dar de cara com o goleiro reserva. A infância nos promete aventuras, liberdade e descobertas, mas a realidade adulta entrega boletos, filas e a constante sensação de que alguém esqueceu de nos avisar sobre as regras do jogo. É nesse cenário que a literatura se torna uma aliada, oferecendo histórias que desvendam as armadilhas do amadurecimento com humor, sensibilidade e, às vezes, uma pitada de sarcasmo.

Esse livro tem menos de 200 páginas e mais socos emocionais que uma série inteira

Esse livro tem menos de 200 páginas e mais socos emocionais que uma série inteira

Em “História da Loucura” (1961), Michel Foucault (1926-1984) argumenta que só foi possível estabelecer a diferença entre razão e insânia por meio de uma análise bastante detalhada do comportamento humano. Oito décadas anos antes de Foucault, Machado de Assis (1839-1908) soube enxergar com fina argúcia os riscos da intolerância no que toca ao dédalo de teorias acerca da mente do homem. Com humor ácido, ironia refinada e batendo forte na hipocrisia, O Bruxo do Cosme Velho discute em “O Alienista” (1882) o que de fato vem a ser razão e loucura e em que medida a ciência deve ser responsabilizada no estigma e na anatematização daqueles que não se enquadram nos modelos estipulados pela sociedade.