Livros

5 livros que te enganam até a última página

5 livros que te enganam até a última página

Nem todo engano é malicioso. Às vezes, é só o modo que a ficção encontra de nos manter inteiros por mais tempo. Há romances que acompanham o leitor como um amigo confiável, e há os que traem, subvertem, negam tudo que antes prometiam — não por maldade, mas por precisão. Os livros reunidos aqui não frustram. Eles deslocam. A cada virada, uma nova rachadura, um novo espelho, uma nova ausência de chão. Chegar à última página é como acordar de um sonho que jurávamos ser vida. Ou o contrário.

6 livros que todo mundo ama e eu odiei com todas as minhas forças

6 livros que todo mundo ama e eu odiei com todas as minhas forças

Sabe aquela sensação de estar na contramão de uma multidão apaixonada, como quem vai a um show e, no exato refrão que faz todo mundo chorar, sente apenas vontade de ir embora? Foi exatamente isso que vivi lendo cada um desses livros. Enquanto a internet declarava amor eterno, eu me via implorando por um enredo que me despertasse algo além do bocejo. Claro, o problema podia estar em mim, talvez meu coração esteja endurecido ou minha paciência com personagens intensos demais, introspectivos demais ou apenas prolixos demais tenha simplesmente se esgotado.

7 distopias que fazem 1984 parecer jardim de infância

7 distopias que fazem 1984 parecer jardim de infância

“1984” nos ensinou a temer a vigilância e os olhos do poder. Mas há obras que ultrapassam esse medo inicial — que penetram mais fundo, ali onde o totalitarismo não é mais uma ameaça externa, e sim uma fissura íntima, moral, impossível de delimitar. Neste mergulho curatorial, selecionamos sete distopias que não apenas confrontam o legado de Orwell, mas o ampliam, o torcem, o subvertem. São histórias onde a opressão é menos uma engrenagem e mais uma vertigem — mais dilacerante, mais humana, mais real.

7 livros para ler antes que o mundo acabe, a Terceira Guerra comece e a bomba caia

7 livros para ler antes que o mundo acabe, a Terceira Guerra comece e a bomba caia

Imagine que a sirene de ataque aéreo começou a tocar. As redes caíram, o Wi-Fi foi comido por satélites hostis e o pão acabou no mercado. Enquanto os vizinhos correm atrás de papel higiênico como se fossem lingotes de ouro, você, ser de visão elevada, abre calmamente um livro, afinal, se o fim é inevitável, melhor morrer com estilo. Nesta lista, não encontrará conforto, consolo ou autoajuda; encontrará algo muito mais nobre: literatura com lucidez suficiente para acompanhar o apocalipse de mãos dadas, sorrindo torto.

Roberto Bolaño foi transformado em messias literário por hype editorial

Roberto Bolaño foi transformado em messias literário por hype editorial

Bolaño não morreu. Ou melhor, morreu, sim, claro, 2003, Barcelona, fígado em ruínas. Mas é como se não tivesse morrido. A cada dois ou três meses, ele ressurge — em coletâneas, inéditos escavados em pastas esquecidas, reedições com novas capas, novas traduções, novas prefácios assinados por jovens críticos ansiosos por sentar ao lado dele na eternidade. Nunca é suficiente. Bolaño virou voz de oráculo, farol de gerações, tatuagem de curso de letras. E o mais estranho: há algo verdadeiro ali. Mas também há um truque. E o truque não é invisível. É imenso, impresso em papel cuchê. E já dura tempo demais.