Livros

Escritores identitários são premiados pelo que representam, não pelo que escrevem

Escritores identitários são premiados pelo que representam, não pelo que escrevem

A piedade nunca foi boa conselheira. Nos últimos anos, um novo critério parece ter se infiltrado silenciosamente nos bastidores dos grandes prêmios literários: o autor deve receber mais importância do que o que é escrito. Em muitos casos, a indústria literária passou a funcionar obedecendo a lógica semelhante à do marketing: quem representa minorias vende, gera manchetes, dá entrevistas, encaixa-se no discurso das novas gerações e, portanto, merece o investimento. Dar visibilidade a autores fora do cânone é fundamental — o que não significa rebaixar o padrão. Premiar alguém apenas por sua identidade é, em última instância, uma forma sutil de tutela.

7 livros tão extraordinários que vão arruinar qualquer outra leitura depois deles

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Há livros que não se leem — se atravessam, como um território de emoções cruas onde o leitor perde fôlego e noção de volta. Quando um deles se fecha, não sobra apenas silêncio: sobra uma espécie de desalento. Como continuar depois disso? Como aceitar tramas menos densas, frases menos precisas, personagens menos vivos? Esta seleção não propõe alívio, mas sim a entrega total à literatura em sua forma mais transformadora. Prepare-se para obras que não cabem em resenhas — e que podem desorganizar o leitor por dentro.

Ouvir audiolivro é como dizer que foi ao Louvre porque viu fotos no Instagram: pura autoilusão

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A regra é clara: se não postou, não viveu — e que caiba no intervalo entre duas notificações. Quem é tão desocupado para conseguir ler um livro da primeira à última página, e, absurdo dos absurdos, sozinho com seus botões fazer um esforço para digerir o que acaba de registrar? Os audiolivros, dizem, são uma forma moderna de preservar-se alguma intimidade com a literatura, mormente num mundo onde tempo é, de fato, dinheiro, mas essa ideia esconde um atravanco monumental: o culto irrestrito à produtividade.

6 livros que mostram que a vida cabe inteira num instante de dúvida

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Alguns livros não falam de dúvidas. Eles são dúvidas. Em cada gesto vacilante, palavra suspensa, ou silêncio que escapa entre os olhos, existe o peso de uma vida inteira. Esses romances não nos oferecem respostas — mas a beleza amarga de um instante em que tudo é possível e nada é certo. Quando os personagens hesitam, o tempo estremece. E nós, leitores, ficamos ali, presos com eles, no exato momento em que uma escolha ou um recuo revela o que é, de fato, estar vivo.

7 livros que a maioria das pessoas não leu, mas recomenda para parecer inteligente

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É curioso como o mundo dos livros tem suas celebridades esnobes: aquelas obras que aparecem mais nas bocas dos leitores do que nas estantes, e mais nas estantes do que nos olhos. Quem nunca viu alguém citar um autor de nome complicado com a segurança de quem leu até o prefácio, mas mal passou da quarta página? Neste cenário, essas obras funcionam quase como um passaporte para a elite literária: não é necessário lê-las, basta recomendá-las com ar entediado e olhar distante, como quem, de fato, carrega no espírito todo o peso da humanidade ocidental.