O relacionamento entre adultos, quando consensual e, de preferência, prazeroso para ambos, não deveria mais escandalizar ninguém, mas em pleno século 21, pródigo de pestes e guerras, ainda há gente que se sente no direito de patrulhar o sexo (e o amor) alheios, como assinala “Uma Mulher Fantástica”, do espanhol Sebastián Lelio.
Se você ama quando chega encomenda, adora desempacotar um eletrodoméstico, experimentar aquele look que acabou de tirar da sacola, calçar um tênis com o solado limpinho, você é um de nós: adora coisas novas. A Netflix sabe que seus expectadores amam novidades e, por isso, renova semanalmente seu catálogo. Apenas durante todo o mês de abril, serão dezenas de títulos lançados na plataforma.
O encontro de um homem e uma mulher dura o tempo de uma corrida de táxi, e a narrativa já vira a chave para a ação sombria, pontuada pelo drama desse homem, vítima de um golpe que não esperava, enquanto a possibilidade de viver seu romance em paz fica separada, cozinhando em fogo baixo pelo diretor Michael Mann em “Colateral”, um dos filmes mais enigmáticos já produzidos, cuja riqueza do roteiro é valorizada por um elenco muito bem azeitado.
Todo começo de mês bate aquela ansiedade pelo que chega de novo na Netflix. O streaming, como sempre, tem muitos títulos anunciados que vão deixar os espectadores ansiosos ao ponto de roer a ponta dos dedos. Durante os 30 dias do mês, muitas novidades, como séries, filmes, reality shows e documentários devem ser incluídos no catálogo, enquanto outros títulos queridos irão sair.
Todo mundo deseja subir, alto e rápido, e, de preferência, permanecer no topo até ser colhido pela inefável morte, que reduz toda glória a pó. Porém, antes que se imponha a morte, pode sobrevir o fracasso, como ao protagonista de “Granizo”, do argentino Marcos Carnevale, que não pensava ter de deixar o Olimpo tão cedo, mas ao fazê-lo experimenta a redenção de si mesmo, que nem sabia que procurava.
