Pequena bula de como viver na pressa, com paz e muita ginga
Hei essa proposição aí de cima é meio que absurda, né. Porque hoje — sem climas de sadomasoquismo, explicando logo de saída — a gente passa os dias inteiros chicoteados pelo tempo. A maldição dos segundos. Que jamais param nem pra respirar. Ou mesmo tomar uma água. Droga. Tempo, tempo, tempo, tempo, até a música clama. O fato é: não conseguimos, até o momento desarmar essas engrenagens confusas dos relógios da nossa existência, que bebem energéticos gasosos continuamente. E rodam em círculos, martelando as nossas atividades e tarefas, como filme de terror, na pressão. E na moral. Ninguém discute os domínios do tempo.