Crônicas

O escritor perseguido

O escritor perseguido

Semana passada, durante evento literário nos EUA, o escritor Salman Rushdie foi vítima de um atentado. Esfaqueado, hospitalizado.  Ficará com sequelas para o resto da vida? O criminoso, um solitário dos atuais tempos? Ou um agente intencional? Jurado de morte há anos pelo Irã, devido ao seu romance “Os Versos Satânicos”, Salman vive há décadas sob proteção policial.

Quase me casei com Olivia Newton-John nos tempos da brilhantina

Quase me casei com Olivia Newton-John nos tempos da brilhantina

No dia em que eu nasci, a música mais tocada no mundo era “Help”, de Lennon & McCartney, na versão original da melhor banda de rock de todos os tempos: The Beatles. A segunda melhor banda era Led Zeppelin; a terceira, Pink Floyd. O texto é meu, o rol é meu, a vida é minha e gosto não se discute, principalmente num contexto em que manda quem escreve e obedece quem é leitor de juízo.

Enfim, quarenta

Enfim, quarenta

Sou como Ivan Ílitch, o protagonista do conto de Tolstói, provocando alteração mesmo depois de minha morte — que espero ainda bem distante. Sinto que, ao longo de quatro décadas sob o sol, tenho vivido muitas vidas numa só jornada, superado traumas e transformado tudo em alguma sabedoria. Que Deus conserve.

Coisa de doido

Coisa de doido

O garoto espevitado vivia perguntando sobre tudo. Curioso nato, queria saber sobre o funcionamento das coisas, o tamanho dos continentes, nomes de países e cidades distantes, animais e máquinas, a História, Geografia, enfim, tudo que o cercava. Alinhava perguntas umas nas outras e ia extraindo respostas para tudo o que aquela cabecinha avoada queria saber. No geral, a vítima preferida era o pai, que pacientemente explicava ou tentava explicar tudo que o inquisidor-mirim queria.

Morte, a gente ainda vai rir na sua cara

Morte, a gente ainda vai rir na sua cara

É líquido e certo que um monte de gente consternada vai escrever a respeito de Jô Soares nas próximas horas, nos próximos dias, por muito tempo, com muito mais graça, capacidade, fluência e propriedade do que eu. Não importa. Eu também vou lamentar. E vou me expressar à minha maneira para prestar um sincero tributo e dar vazão à tristeza profunda que hora me invade.