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Slow Horses: Jackson Lamb é o homem do subsolo Divulgação / Apple TV+

Slow Horses: Jackson Lamb é o homem do subsolo

Enquanto James Bond representa a fantasia do espião invencível, sedutor e eficiente, Lamb representa a desilusão de salvar o mundo e derrotar vilões. O que vale para ele é a lealdade aos pangarés. Como um anti-herói que conheceu a glória e a viu desmoronar, ele representa se ajeita ao mundo do trabalho. O homem do subsolo que conhece demais seu habitat e, por isso, se afasta-se do centro do poder para ficar num escritório que é um muquifo.

Luiz Gama, a história do poeta e advogado que foi escravizado pelo pai e virou patrono da abolição

Luiz Gama, a história do poeta e advogado que foi escravizado pelo pai e virou patrono da abolição

Luiz Gama foi um gauche. Ocupou espaços, superou a opressão sistemática, batalhou em meio ao improvável e exerceu sua primaz militância para a integração dos negros aprisionados em tempos de escravidão. Fora o baluarte da incipiente revolução ante a cristalizada dinâmica reacionária dos processos paulatinos abolicionistas. Em tempos de usurpação de biografias, é imperioso pontuar que isso nada tem a ver com meritocracia; ao contrário, é a exceção consciente em estado bruto do pioneirismo antideterminista, apesar dos muitos pesares.

A inteligência artificial está nas bocas!

A inteligência artificial está nas bocas!

A Inteligência Artificial já é capaz de fazer textos tão perfeitos que podem até ser confundidos com textos escritos por um ser humano. Desde que o ser humano esteja bêbado.  Mas os cientistas garantem que isso vai melhorar, em pouco tempo a Inteligência Artificial vai ficar cada vez mais próxima do ser humano sóbrio. O medo de alguns cientistas é que a Inteligência Artificial fique tão parecida com o ser humano que comece a encher a cara.

 Ainda estamos aqui? Divulgação / Alile Dara Onawale

 Ainda estamos aqui?

Saí do cinema com uma sensação de desperdício, e uma vertigem misturada com um travo de amargura, como se compartilhasse as perdas com a família Rubens Paiva. Uma vez que sou o que sou (ou o que fui) porque assumi um lado e desde sempre acreditei/comprei a ideia que a primeira parte do filme vendeu. Uma ideia, que virou um ideal, e descambou para uma merda de ideologia (mas essa é outra história, problema meu).

O Processo, de Franz Kafka: a ambiguidade da lei nos labirintos da existência

O Processo, de Franz Kafka: a ambiguidade da lei nos labirintos da existência

Kafka nos convida a explorar os labirintos da condição humana em uma narrativa que mistura angústia, alienação e absurdos cotidianos. Ambientada em uma sociedade opressora, a história revela como o indivíduo se perde diante de um sistema impessoal que nunca oferece respostas. A genialidade do autor está em transformar dúvidas e contradições em elementos centrais, conduzindo o leitor por um percurso de inquietação existencial. Aqui, o real e o simbólico se entrelaçam, criando uma obra atemporal que questiona a essência da vida moderna. É impossível emergir dessa leitura sem sentir o peso de nossa própria vulnerabilidade.