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Indiana Jones, aquele ladrão colonialista Jonathan Olley / Lucasfilm

Indiana Jones, aquele ladrão colonialista

Uma produção cinematográfica deveria ser julgada apenas pelo que entrega: roteiro, direção, atuação, fotografia, criatividade, inventividade etc. Mas vivemos numa época toda descontruída, onde a ostentação de virtude virou peça de marketing e a divisão da sociedade em bolhas é modelo de negócios. Debater a postura de personagens fictícios fornece desculpa de consumo para audiências melindradas pois Hollywood, afinal, depende do seu ingresso.

Bula de Livro: O Homem da Areia, de E. T. A. Hoffmann

Bula de Livro: O Homem da Areia, de E. T. A. Hoffmann

Numa época infestada de ideias imaturas sobre ciências e tecnológica, sobre a interface misticismo e racionalismo, onde a alquimia e a confecção de autômatos pareciam grandes eventos ligados à metafisica da criação e da reprodução, pelo homem, da obra divina, “O Homem de Areia” parece o elogio do estudo profundo e terrível destes elementos e de sua influência nas atitudes e opiniões humanas.

O livro que matou George Orwell: a história da luta desesperada do autor para terminar ‘1984’

O livro que matou George Orwell: a história da luta desesperada do autor para terminar ‘1984’

Mais de 70 anos após a publicação da obra-prima de Orwell, “1984”, essa primeira frase parece mais natural e atraente do que nunca. Entretanto, ao analisarmos o manuscrito original, encontramos algo além: não somente o toque de clareza, mas também as correções obsessivas, em variados borrões de tinta, que revelam o tumulto extraordinário por trás da composição. Provavelmente o romance definitivo do século 20, “1984” é uma história que permanece eternamente atual e contemporânea, cujos termos como “Big Brother”, “Duplipensar” e “Novilíngua” se tornaram parte do cotidiano. Traduzido para mais de 70 línguas e com milhões de cópias vendidas pelo mundo, “1984” garantiu a George Orwell um lugar único no universo literário.

Alamut, de Vladimir Bartol: Nada é verdadeiro. Tudo é permitido

Alamut, de Vladimir Bartol: Nada é verdadeiro. Tudo é permitido

A máxima nietzschiana “Nada é verdadeiro. Tudo é permitido” serve de fundamento para a reflexão filosófica de “Alamut”, romance do escritor esloveno Vladimir Bartol. Duas coisas me impeliram à obra: 1. a belíssima edição de capa dura e rosada da Morro Branco (escolho livros pela capa) e 2. o fato de ser um livro publicado em 1938 por um esloveno sobre a história muçulmana como metáfora crítica do regime fascista italiano.