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A ficção paranoica de Don DeLillo

A ficção paranoica de Don DeLillo

Em seus livros, DeLillo realiza uma remixagem de pedaços ou restos de estilos: ficção científica, romance policial, distopias, paranoia, conspirações, para gerar uma forma nova de narrar. O que seria apenas lixo cultural, porém, se transforma em grande arte do pensamento e da literatura. Devorar tudo também é a forma de a sociedade norte-americana se organizar e controlar a economia global. Os Estados Unidos fazem a combinação de dinheiro, tecnologia, guerras, armas e, sobretudo, produção da cultura para consumo mundial (haja vista o cinema e a música pop).

O trem da alegria ainda não parou na central

O trem da alegria ainda não parou na central

Gonzaguinha, talvez por transformar as dificuldades de sua vida em uma aguçada consciência política e social, fez delas o insumo principal para o desenvolvimento de sua carreira, que foi breve, mas marcante e muito importante dentro do cancioneiro popular brasileiro. E por que não dizer que, por isso, ele está inserido em nosso contexto cultural? Pode parecer brincadeira, mas é um fato que me aconteceu. Por obra do acaso, ouvi, com ouvidos de outrora, melancólicos e saudosistas, a música “A felicidade bate à sua porta” (Trem da alegria), de sua autoria, e algo me despertou para analisá-la de maneira mais atenta.

Acertaram na previsão: o Brasil virou uma Venezuela Foto / A. Ricardo

Acertaram na previsão: o Brasil virou uma Venezuela

O esplendor apresentado pelo Brasil a partir de meados de 1960 é inegável. Foi um período marcado por grandes conquistas, com um crescimento imune a qualquer negacionismo daquele período. O saudosismo é forte em relação àquela época — quando éramos respeitados mundialmente; hoje, o patriotismo é totalmente deixado de lado, e os valores minguam à mercê de ilusões e derrotismo. Infelizmente, eles acertaram na previsão: viramos uma Venezuela.

E o meu coração não se transformou numa Venezuela

E o meu coração não se transformou numa Venezuela

Nesse final de ano, a sensação é de alívio. O meu coração não se transformou numa Venezuela. O amor continua democrático: só não ama quem não quer. Além de saúde para suportar as agruras futuras, o que espero realmente para o ano que se inicia é um bocado mais de entendimento. Nada extraordinário, do tipo esperar que Vladimir Putin retire o seu time de campo e se desculpe por ter cometido um erro de avaliação ao invadir o território ucraniano.

A inteligência artificial do ano

A inteligência artificial do ano

Fim de ano chegando e a gente se depara com várias listas de melhores do ano, melhores livros, séries, atores, retrospectiva do ano, fato do ano, palavra do ano e etcétera do ano. Em todas as listas, sejam quais forem, de alguma maneira a Inteligência Artificial é citada. As vezes até pedem para ela fazer a lista. Realmente não teve para ninguém, a IA dominou o ano de 2023 e dentre as Inteligências Artificiais, o ChatGPT foi o campeão de citações.