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Brancura, de Jon Fosse Foto / Tom A. Kolstad

Brancura, de Jon Fosse

Na trama, um homem, movido por razões incertas, inicia uma viagem sem destino definido. Ele se dirige a uma floresta remota, referida no livro como Floresta Negra. Com a chegada da noite, surge uma inesperada nevasca. Desafiando o instinto de buscar abrigo, o homem perdido vaga pela escuridão da floresta, onde encontra uma figura luminosa e enigmática. A partir desse encontro, as alucinações (ou seria a realidade?) se intensificam.

Felicidade ainda que tardia

Felicidade ainda que tardia

Susie estranhou a si mesma. Sentia uma alegria desgraçada — no sentido bom, hiperbólico — desde as primeiras horas da manhã. E olha que o dia estava terrivelmente propício para a prática da neurastenia: o céu cinzento, feioso, quase ninguém nas ruas e uma chuva torrencial que parecia querer penetrar nos ossos. Aos 25, em certa medida, Susie pensava e agia como se tivesse 65. Pelo andar da carruagem, sua alma acabaria sucumbindo mais cedo do que o corpo.

Montevidéu, de Enrique Vila-Matas

Montevidéu, de Enrique Vila-Matas

“Montevidéu” desafia as convenções narrativas, apresentando-se como um anti-romance, um tratado de teoria literária que navega e dissolve fronteiras entre gêneros literários. A trama centraliza-se em um escritor em crise criativa, que viaja para Montevidéu sob o pretexto de participar de um congresso. Contudo, seu verdadeiro objetivo é visitar um quarto de hotel na Ciudad Vieja, imortalizado em um conto de Julio Cortázar e supostamente conectado a outro mundo.

Abaixo a vocêfobia dos gramáticos!

Abaixo a vocêfobia dos gramáticos!

“Você” é um pronome de tratamento que deriva de “vossa mercê”, que depois passou pelo “vosmecê”, pelo “vancê” e finalmente chegou ao “você”. E a partir daí, o “você” ganhou o mundo e principalmente a língua do brasileiro. “Você” ficou cada vez mais popular, a ponto de tomar totalmente o lugar do “tu”. Então por que não dar uma promoção ao “você”? Por que “você” não assume o seu real papel na língua brasileira e passa a ser pronome pessoal oficial no lugar do “tu”?