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Clarice Lispector, 105 anos, e a revolução silenciosa que transformou para sempre a literatura brasileira

Clarice Lispector, 105 anos, e a revolução silenciosa que transformou para sempre a literatura brasileira

A luz do estúdio é reta, quase clínica. A câmera avança até encontrar uma mulher de rosto exausto, cabelos presos sem rigor, cigarro entre dedos que tremem de leve. Ela responde devagar, o olhar se desvia por um segundo para fora do quadro, como se algo atrás da lente a chamasse. A voz é baixa, áspera, arrasta vogais, esconde o riso. Fala de infância, de escrita, do desconforto de estar ali.

O time ideal do Brasileirão por pontos corridos segundo um algoritmo que analisou 20 anos de estatísticas

O time ideal do Brasileirão por pontos corridos segundo um algoritmo que analisou 20 anos de estatísticas

Baseado em dados públicos entre 2003 e 2023, a reportagem detalha critérios de pontuação por posição, a distribuição de pesos entre desempenho ofensivo, prêmios e longevidade e mostra como a seleção sintetiza o domínio recente de alguns clubes, além de explicitar limites e escolhas embutidos nessa abordagem estatística, sem tratar números como verdade absoluta, mas como ferramenta analítica.

A babá que fotografou o século e morreu anônima: por que Vivian Maier importa agora

A babá que fotografou o século e morreu anônima: por que Vivian Maier importa agora

Nascida em Nova York em 1926 e empregada por décadas como babá na região de Chicago, Vivian Maier produziu mais de 150 mil fotografias de ruas e personagens urbanos sem publicá-las em vida. Quando seus negativos foram leiloados por falta de pagamento de um box de armazenamento, em 2007, começou uma corrida por direitos, exposições e lucros. A trajetória tardia dessa obra expõe o encontro tenso entre trabalho doméstico, anonimato feminino e indústria global da imagem, do arquivo, da autoria e do esquecimento.

O cantor que virou pedreiro e só descobriu aos 56 anos que era mito em outro país Daily Beast / Mark Horton

O cantor que virou pedreiro e só descobriu aos 56 anos que era mito em outro país

Filho de imigrantes mexicanos e autor de dois discos de folk rock lançados em 1970 e 1971, Rodriguez voltou ao trabalho pesado em demolição após fracassar nas paradas dos Estados Unidos. Longe dali, suas músicas passaram a circular de forma quase clandestina na África do Sul do apartheid, onde fãs o chamavam de “mais popular que Elvis” sem saber se ele ainda vivia. Já nos anos 1990, uma investigação feita por admiradores o reencontraria em uma casa comprada por 50 dólares em Detroit, no meio-oeste industrial.

Quem é o dono do português?

Quem é o dono do português?

Ele achou que esse argumento era definitivo, se achava dono da língua e então eu é que fiquei irritado, com vontade de pedir para ele devolver o nosso ouro, como fazem os brasileiros nessas ocasiões, ou dizer que nós, brasileiros, somos mais de 200 milhões e eles, portugueses, apenas 10 milhões; portanto, nós já tomamos a língua, que agora é nossa.