Ela viveu 29 anos como se fossem 100. Morreu deixando apenas um bilhete como despedida
Ela nasceu em 1930, no bairro da Saúde, Rio de Janeiro, e morreu aos vinte e nove numa manhã de 1959. Entre uma casa apertada e as mesas de madrugada, atravessou auditórios, rádios, boates, e escreveu versos que pareciam medir o pulso do país. Os médicos lhe deram prazos; a rua lhe deu trabalho. Deixou um recado curto antes de dormir e nunca mais acordou. Este perfil busca a pessoa por trás da lenda: a menina tímida, a autora rigorosa, o corpo cansado e a coragem diária, contra o relógio.