Faça o amor grande de novo

Faça o amor grande de novo

Há encontros que não prometem nada, mas entregam tudo: um pouco de silêncio, uma lasca de compaixão, a memória de um tempo em que conversar ainda era gesto íntimo. Na lanchonete esquecida por Deus e pela prefeitura, um ginecologista cansado e um velho bancário soropositivo trocam banalidades — e verdades duras. Entre esfirras, retrovirais e mocotós alheios, a crônica revela o que ainda resta quando a cidade apodrece: escuta, humor, alguma ternura e o estranho consolo de saber que, por um instante, alguém viu.

4 livros brasileiros que qualquer IA escreveria melhor

4 livros brasileiros que qualquer IA escreveria melhor

Há livros que fazem a gente questionar se ainda há um revisor vivo por perto. E outros, piores, que nos fazem duvidar se o autor estava. Nestes quatro títulos, o problema não é a história — é a execução que tropeça, derrapa e se arrasta, como se a literatura fosse uma planilha mal preenchida. Em tempos de algoritmos cada vez mais sensíveis, qualquer IA decente teria poupado o leitor de tantos soluços narrativos. Não é exagero. É desabafo com pontuação.

O romance brasileiro que trata o leitor como idiota e ainda espera ser chamado de genial

O romance brasileiro que trata o leitor como idiota e ainda espera ser chamado de genial

A janela aberta deixa entrar um cheiro de cidade úmida, algo de concreto e chuva atrasada; na mesa ao lado da poltrona velha, o livro ainda aberto, um marcador esquecido como promessa não cumprida; nenhuma luz acesa além da luminária, que lança sombras sobre o papel e faz parecer profunda uma história rasa; e assim, naquela quase madrugada que não se decide em chegar, alguém insiste na leitura, insistência que não nasce do prazer, mas talvez da obrigação inexplicada, como se parar fosse um fracasso, mas continuar fosse ainda pior, fosse aceitar um insulto silencioso, uma zombaria que vem de dentro das próprias páginas.

4 livros que, mesmo em 2025, ainda vendem mais por boca a boca do que por algoritmo

4 livros que, mesmo em 2025, ainda vendem mais por boca a boca do que por algoritmo

Num mundo onde o algoritmo decide o que você ouve, assiste e até deseja comer no almoço, é quase romântico pensar que algumas obras ainda sobrevivem no boca a boca. Enquanto influencers fazem dancinhas para vender thrillers medianos, certos livros resistem bravamente na contramão: circulam em clubes obscuros, são recomendados com o fervor de uma seita e têm capas que não chamariam atenção nem num sebo desorganizado.

5 livros que venderam mais em 2025 do que na época do lançamento original

5 livros que venderam mais em 2025 do que na época do lançamento original

Há livros que não nasceram para o barulho. Foram lançados e escutaram pouco. Passaram anos quietos, à margem, quase esquecidos. E então algo muda — o tempo, o mundo, ou quem lê. De repente, o que parecia denso demais, íntimo demais ou estranho demais encontra seu momento. E explode. Não por campanha, algoritmo ou sorte editorial, mas porque algo neles pulsa. Estes livros venderam mais em 2025 do que no ano em que vieram ao mundo. E talvez agora, sim, o mundo esteja pronto para ouvi-los.