5 livros que vão estragar sua tolerância com gente rasa

5 livros que vão estragar sua tolerância com gente rasa

Certos livros não são apenas lidos — são sofridos, absorvidos como febre, metabolizados como ácido. Não foram feitos para entreter ou consolar: foram escritos para expor. Expor o vazio atrás das palavras ocas, a lama sob os vernizes sociais, o abismo que se oculta sob o riso protocolar. Livros que ferem, que pensam alto, que não têm paciência com a burrice performática ou o teatro da leveza forçada. Depois deles, a sensibilidade muda. E o que antes parecia suportável — certas vozes, certas frases — se torna insuportável.

Maratona de coração partido: 6 dramas que vão te desmontar Divulgação / Astute Films

Maratona de coração partido: 6 dramas que vão te desmontar

Quando o coração se desfaz em pedaços, as emoções se tornam um território árido e desconhecido, onde cada suspiro pesa como um silêncio infinito e cada lágrima desenha mapas invisíveis da dor. Há dramas cuja essência não reside apenas nas histórias contadas, mas na capacidade de desvelar as camadas mais íntimas do sofrimento humano, abrindo fissuras onde pulsa a fragilidade da alma exposta. Nessa maratona de experiências dilacerantes, somos convidados a mergulhar em universos que desconstroem o que acreditávamos ser sólido, desmontando as armaduras emocionais para revelar o que se oculta sob a superfície das aparências.

4 livros que são como febre: desconfortáveis e inesquecíveis

4 livros que são como febre: desconfortáveis e inesquecíveis

Há livros que abraçam. Outros que sufocam. E há aqueles que, como a febre, não pedem licença: chegam queimando a testa, embaralham o raciocínio, te deixam trêmulo e com um gosto estranho na boca. A princípio, você pensa que é só um mal-estar literário passageiro, nada que um chá e um pouco de sarcasmo não cure. Mas conforme as páginas avançam, o calor aumenta, o ar rareia, e você percebe que está contaminado por algo maior.

Entre Sidney Sheldon e Rubem Fonseca: onde cabe Raphael Montes? Divulgação / Companhia das Letras

Entre Sidney Sheldon e Rubem Fonseca: onde cabe Raphael Montes?

Tudo começa num sussurro, uma lâmina atravessando o silêncio como se cortasse também o tempo. Há sangue, mas é um sangue asseado, de laboratório, de bisturi, e há um riso que não combina com o corpo no chão. Alguém tropeça em seus próprios medos e chama isso de literatura. Outro ri, fotografando a queda, e vende o retrato como crime psicológico. No fundo, há sempre um cheiro de coisa fingida. Paredes limpas demais. Um monstro de aluguel. A literatura, essa, às vezes aceita sublocação.

Os 7 melhores livros estrangeiros lançados no Brasil em 2025 (até agora)

Os 7 melhores livros estrangeiros lançados no Brasil em 2025 (até agora)

Num ano sem alarde, os livros estrangeiros mais impactantes chegaram pelo avesso: silenciosos, estranhos, densos como sonho de insônia. Não confortam, não explicam. Escavam. Estes sete títulos lançados no Brasil em 2025 não compartilham estilo nem origem, mas carregam algo em comum — a recusa de adormecer o leitor. Uns sussurram à margem do absurdo. Outros reinventam o passado que se fingia fixo. Há quem fale da dor como quem corta papel úmido. Nenhum deles termina onde começa. E talvez por isso ainda estejam vivos, latejando nas páginas.