Última chance de ver na Netflix o filme que prova: o amor pode, sim, fazer milagres Liam Daniel / Universal Pictures

Última chance de ver na Netflix o filme que prova: o amor pode, sim, fazer milagres

Baseado no livro “Travelling to Infinity: My Life with Stephen”, “A Teoria de Tudo”, dirigido por James Marsh, transforma o que poderia ser uma biografia didática em um retrato íntimo e honesto sobre convivência, persistência e escolha. Mais do que explicar fórmulas ou engrandecer feitos científicos, o longa se sustenta naquilo que é mais difícil de dramatizar: o cotidiano entre a genialidade e a limitação. Com atuações contundentes de Eddie Redmayne e Felicity Jones, o filme evita atalhos narrativos e constrói, com sobriedade, um testemunho respeitoso da vida de Stephen Hawking e de sua primeira esposa, Jane.

Brasil 2025: quando a profecia de Machado de Assis se tornou realidade

Brasil 2025: quando a profecia de Machado de Assis se tornou realidade

Num Brasil onde máquinas brilham mais que ideias, a literatura agoniza à sombra do progresso material. E quem já alertava sobre isso no século 19 era Machado de Assis. Suas críticas à elitização da arte e ao abandono da educação continuam tão atuais quanto urgentes. Enquanto celebramos avanços tecnológicos, ignoramos o poder da palavra, da reflexão, da sensibilidade. Este texto revisita o pensamento machadiano e propõe algo radical: um golpe de Estado literário. Porque sem livros, sem pensamento crítico, sem arte acessível, o país não progride — apenas corre, cada vez mais rápido, para longe de si mesmo.

Ele escreveu um dos maiores romances do século, foi ignorado por 50 anos e morreu sem saber

Ele escreveu um dos maiores romances do século, foi ignorado por 50 anos e morreu sem saber

Por décadas, o nome John Edward Williams não significava nada para quase ninguém. Professor universitário, texano, disciplinado, morreu sem saber que havia escrito, possivelmente, o romance americano mais silenciosamente devastador do século. Seu livro “Stoner” passou despercebido até ser redescoberto na Europa como um segredo sussurrado. Esta reportagem percorre a vida, o apagamento e o renascimento literário de um autor que escreveu como quem cumpre silêncio — e que transformou a recusa do espetáculo em uma ética estética. Um escritor que não quis ser lido, e por isso se tornou impossível de esquecer.

O filme que todo mundo deveria ver para acalmar a alma e deixar a vida mais leve — na Netflix Divulgação / Touchstone Pictures

O filme que todo mundo deveria ver para acalmar a alma e deixar a vida mais leve — na Netflix

Um novo professor de inglês e literatura transforma a rotina dos estudantes de um colégio tradicional. Para esse mestre do bom viver, versos encorajam a busca por uma vida extraordinária, e assim “Sociedade dos Poetas Mortos” ganhou o coração do público. O filme de Peter Weir apura muitas camadas de melancolia, tratando de sempre deixar uma margem para o calor e para a luz, não obstante o título tão pouco solar.

5 autores que foram cancelados antes da era do cancelamento

5 autores que foram cancelados antes da era do cancelamento

Antes do termo “cancelamento” ganhar trending topics, havia o silêncio. Escritores já eram retirados do cânone, ignorados nos corredores acadêmicos ou relegados ao rodapé das edições críticas. Este texto percorre cinco nomes cuja presença na literatura resiste, mesmo quando sua biografia desafia o leitor. Lovecraft, Céline, Bukowski, Pound e Wilde — figuras atravessadas por contextos, escolhas e contradições. Aqui, não há absolvição nem condena. Há leitura, escuta, retorno. Porque compreender o que permanece, mesmo sob a poeira, é também compreender o tempo que ainda pulsa. E a literatura, mesmo em conflito, continua a escrever o que não cabe no esquecimento.