Que bicho você prefere ser na pandemia?

Que bicho você prefere ser na pandemia?

Parece loucura, mas não é. Revolta é sinal de lucidez. Cuide de quem ainda tem a sanidade de se revoltar. Mostre que elas não estão sozinhas. Tem você. Tem eu. E mais um bocado de gente. Não somos minoria. E nós temos um trabalho a fazer: incomodar quem não liga para esse caos todo. Não adianta só cobrar o presidente e chamá-lo de genocida.

Filme de rara beleza, com o poder de te transportar para dentro dele, está na Netflix

Filme de rara beleza, com o poder de te transportar para dentro dele, está na Netflix

Tomando por base a história verídica de um caubói obrigado a desistir da carreira, Chloé Zhao transporta o espectador direto para a realidade nada especial de homens pobres, pouco instruídos e algo bestiais, que enxergam em seus cavalos mais que um companheiro de trabalho, a oportunidade para mudar de vida. Da mesma forma que fez em “Nomadland”, “Domando o Destino” se torna tão rico justamente por saber manejar a inexperiência dos atores a seu favor — e aqui, é difícil de acreditar que o protagonista seja mesmo alguém exógeno a Hollywood.

O suspense aterrorizante e tenso, disponível na Netflix, que vai obrigar você a dizer para si mesmo: “calma, é apenas um filme” Divulgação / Warner Bros. Pictures

O suspense aterrorizante e tenso, disponível na Netflix, que vai obrigar você a dizer para si mesmo: “calma, é apenas um filme”

Produzido pela nata do cinema espanhol recente, “O Orfanato” vem à luz contando com padrinhos do quilate de Guillermo Del Toro e Mar Targarona, queridinhos do cinema espanhol, nessa ordem. O filme de Juan Antonio Bayona tenta esclarecer qual pode ser o vínculo entre uma mulher e seu filho adotivo — além do afeto, claro —, e ensina que o passado deve ficar onde a vida o coloca: nas nossas lembranças. E só lá.

Filme desconcertante, de roer as unhas (e ganhador de 6 Oscars), está na Netflix Divulgação / Voltage Pictures

Filme desconcertante, de roer as unhas (e ganhador de 6 Oscars), está na Netflix

A despeito do tema árido, “Guerra ao Terror” é, sem dúvida, um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos. Inteligente, fluido, ágil, o trabalho de Kathryn Bigelow, uma prévia do que a diretora mostrou com igual vigor em “A Hora Mais Escura” (2012), não se apressa. Bigelow, ganhadora de Oscar duplo, de Melhor Filme e Melhor Diretor de 2008 (e mais quatro), tem tarimba o suficiente para saber que o mínimo deslize em produções dessa natureza são tão fatais quanto as bombas desarmadas por seu anti-herói, o arquétipo de tudo quanto sempre se evitou tomar como parte de enfrentamentos bélicos.