Analisamos as vozes narrativas, o desenrolar do enredo, a construção dos personagens. Sem nenhum revanchismo político ou desrespeito ao autor, como deve ser toda crítica intelectualmente honesta. Não que recusemos usar o humor como ferramenta analítica, claro. Afinal de contas, “Torto Arado” se leva muito a sério. Essa é uma das marcas do livro.
Se você começou a segunda-feira esperando pela sexta, se está contando as horas, minutos e segundos para o famigerado “no sétimo dia descansou”, se está louco para jogar as preocupações e responsabilidades no compartimento stand by da sua cabeça e se jogar no sofá, botar as pernas para o alto e criar raízes de frente para a televisão, junte-se a nós! Aqui, a lista é para você que vai ver Netflix até esquecer que existe mundo lá fora.
Tema na ordem do dia desde que o mundo é mundo, a violência contra a mulher — rebatizada de crime de gênero — vem à superfície da mais crua e brutal em “Doce Vingança”. No thriller de terror de Steven R. Monroe, baseado em “A Vingança de Jennifer” (1978), de Meir Zarchi, a protagonista, uma mulher bonita e bem-sucedida, vê sua vida transformada num inferno porque se atreve a viajar sozinha para um casebre no meio do nada. O que acontece a partir de então é a mostra do pior que um ser humano pode fazer a outro, e ao fim resta só o desalento.
Bollywood, a indústria cinematográfica da Índia, é conhecida por lançar centenas de filmes todos os anos, produção que supera de longe o que a prima rica Hollywood é capaz de colocar na praça. Esses filmes, quase todos célebres por exaltar o lado bom da vida, caem no gosto da população hindu de imediato e, de lambuja, são incorporados tambem pelo Ocidente, cada vez mais cinzento. Nagesh Kukunoor, diretor do ótimo “Dhanak”, replica a ideia da vida em cinquenta tons de rosa — ora mais vívido, ora quase evanescente — em seu filme, valendo-se da pureza invencível de dois irmãos, crianças com as quais desejaríamos viajar pela vida afora, eternamente.
Gostar de filme assustador, muita gente gosta. A sensação de perigo, a emoção e adrenalina que invade o corpo pode até ser boa, o problema é depois, quando se está sozinho ou quando a noite chega. Pode confessar que você já passou umas noites em claro por não conseguir pregar o olho pensando em algum ser demoníaco de filme. Ou se já deixou de ir ao banheiro de madrugada com medo de ser visitado por uma entidade maligna.
