Tão brutal quanto bonito, filme de amor da Netflix é diabolicamente provocante e inteligente Dominic Miller / Netflix

Tão brutal quanto bonito, filme de amor da Netflix é diabolicamente provocante e inteligente

Que artistas são sensíveis demais não é novidade para ninguém — e que bom que o sejam. O problema é levar o personagem para a cama, e pior, passar por cima de sentimentos alheios para fazer com que apenas seus próprios desejos tenham valor, postura que abaliza uma imaturidade patológica e degringola em ufania, egolatria, paranoia. Sam Levinson disseca a vida íntima de um diretor de cinema que desponta para o estrelato e sua frágil namorada em “Malcolm & Marie”, especialmente atento ao que vem a ser o sucesso quando não se está preparado para ele.

Vade retro século 20

Vade retro século 20

Anteontem participei de uma “performance” no Largo da Batata. A garota defecava defronte à Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat, e comia o próprio cocô. Depois oferecia beijos à plateia. Aceitei. E a beijei. Tinha mau-hálito. Depois do beijo, me dirigi aos curiosos, e proclamei: “Tem mau-hálito”.