Autor de “Europa na Guerra — 1939-1945” (Record, 599 páginas, tradução de Vitor Paolozzi), o historiador britânico Norman Davies admite que “O Resgate do Soldado Ryan”, de Steven Spielberg, é, plasticamente, um belo filme, que conta uma boa história. Mas sugere também que a película não consegue — aliás, nem se propõe — esboçar um contexto histórico de qualidade.
Em “Alerta Lobo”, o diretor francês Antonin Baudry encaminha seu filme de modo a valorizar aspectos oblíquos da história, mas nem por isso menos importantes. A relação entre um homem e seu maior talento, explorado sem a valorização devida, perpassa pela forma como enxerga seu ofício e aqueles que compartilham dele, todos obrigados a enfrentar circunstâncias de tensão num ambiente nada aconchegante.
Com um catálogo em constante transformação, o que há de mais interessante hoje na Netflix pode não ser o mesmo de amanhã. A Revista Bula está sempre atualizando as listas para que você esteja atualizado do que há de melhor para assistir no streaming. Nesta seleção, trouxemos clássicos e novos títulos aclamados que prometem entrar para os anais do cinema.
Garotos com vigor acumulado, mas que não dispõem das condições e dos ambientes apropriados para gastá-lo costumam se valer de qualquer alternativa para se livrar desse excesso de vida, o que inclui o ambiente escolar. Em “Efeito Pigmaleão”, os diretores Grand Corps Malade e Mehdi Idir aproveitam as sempre atuais discussões sobre a derrocada do ensino público no mundo — e na França, sobretudo — a fim de falar de preconceito, desordem, retrocesso, pautados pelo desmonte das instituições.
Qual a semelhança entre Mussolini, Napoleão, Goebbels e o nosso caseiro José Ribamar Sarney? Todos esses senhores desejavam ser escritores e desistiram diante das dificuldades, optando por tentar algo mais simples: dominar o mundo. Impossibilitados de usar a caneta, tiveram que se contentar com a espada, ou pior, degradaram a caneta usando-a para dar canetadas. De uma maneira torta, foram humildes.
