Em 1900, três vigilantes do farol da Ilha Flannan, a oeste do litoral da Escócia, deixou o mundo em choque. Começaram a circular toda a sorte de versões para o que se imaginara de saída um crime digno dos mais imaginativos romances policiais, argumento que, mais de um século depois, o diretor dinamarquês Kristoffer Nyholm soube aproveitar à perfeição em “O Mistério do Farol”, em que explora como poucos as baixezas do homem.

Final de semana, dias famigerados de descanso e relaxamento. Nada como criar raízes no sofá por ficar tanto tempo deitado fazendo absolutamente nada. É o momento propício para tirar do atraso aquela sessão de cinema em casa, ver um filme tranquilo e simplesmente esquecer que existe vida do lado de fora.

“Um Dia Difícil” já consta da história do cinema desde 2014, quando foi apresentado pelo sul-coreano Kim Seong-hun. Oito anos depois, o francês Régis Blondeau volta a sacar a trama do policial corrupto que, ziguezagueando entre uma e outra sindicância, se perpetua na polícia ao passo que faz um pé-de-meia considerável, à custa de pequenos trambiques.