Um filme que navega entre críticas ao fanatismo religioso e uma ode à violência explícita no cinema, “Apóstolo” é uma história que gira em torno da fé e de como é preciso tê-la até mesmo para subverter a ordem religiosa. Thomas Richardson se infiltra em uma ilha habitada por uma comunidade mística, onde sua irmã foi sequestrada. Enquanto tenta resgatá-la para levá-la de volta para casa, descobre as peculiaridades e obscuridades que rondam aquele povoado.

Craig Gillespie tenta sintetizar o tormento de sua protagonista em “Eu, Tonya”, relato pungente, cheio de reviravoltas e das encrencas de uma mulher em busca de uma identidade que quiçá nunca tenha tido, a literalmente esquivar-se dos golpes do existir, materializados na psicopatia da mãe e na truculência passional do primeiro marido, sequências que vêm como as ondas do maremoto de tragédias que encharcou-lhe, até quase perdê-la irremediavelmente.

Colette Camden lança-se ao desafio de conferir alguma ordem aos acontecimentos, lamentáveis e caóticos, de “O Mochileiro Kai: Herói ou Assassino?”. Para tanto, a diretora vale-se de entrevistas com os personagens centrais desde conto macabro cuja gravidade o esgoto malcheiroso, oportunista e inconsequente que sedia certa imprensa faz parecer tolo ou até divertido, como se não houvesse gente de carne, osso, sonhos e frustrações envolvida nele.