O ano de 2023 promete muitos tesouros do cinema de diretores renomados e premiados. Ainda há muitas estreias por vir e a segunda metade do ano aguarda as estreias mais esperadas. Mesmo assim, já tem muita coisa boa rolando e a Revista Bula te conta quais as melhores produções que já chegaram nos cinemas e nos streamings do Brasil.
O que o bissexto Alexandre Aja pretende com “Oxigênio” assemelha-se muito ao que se vê em “Ela”, com as inversões que distinguem seu trabalho da produção levada à tela por Jonze. Aqui, o francês — cujo filme anterior, “Amaldiçoado”, sobre um homem às voltas com as acusações do estupro e da morte da namorada, remonta a um distante 2013 —, vale-se de Elizabeth Hansen, a heroína torturada da ótima Mélanie Laurent, para, que encaremos nossa arrogância.
A trama de “Beasts of No Nation” é, grosso modo, uma série de circunvoluções em torno de Agu, um garoto de oito anos cuja família toda é exterminada por uma facção separatista de seu país. Cary Fukunaga, o multitalentoso diretor-roteirista, ainda se encarrega da fotografia do longa e vai fundo em sua decisão de levar à tela as imagens mais abominosas de que é capaz, junto ao texto quase leviano.
Astrud Gilberto, uma das maiores vozes da bossa nova, morreu aos 83 anos, deixando um legado indelével na música. Com seu casamento com João Gilberto, sua carreira decolou e ela se tornou uma presença inigualável na cena musical internacional. Sua voz suave e cativante encantou o mundo, levando-a a gravar álbuns aclamados e colaborar com renomados artistas.
Se fosse necessário definir com uma palavra “Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, de David Fincher, “coerência” seria o vocábulo redondo. Equilibrando o nonsense e a realidade gradativamente mais difícil dos tipos melancólicos que compõem a narrativa de Stieg Larsson (1954-2004), o diretor afina o roteiro de Steven Zaillian a imagens quase sempre perturbadoras, mas que também sabem conservar a brandura que reflete a própria natureza da anti-heroína que encabeça a trama.
