Bula de Livro: Eisejuaz, de Sara Gallardo

Bula de Livro: Eisejuaz, de Sara Gallardo

A mais bela passagem de “Eisejuaz” está, exatamente, no seu canto às criaturas selvagens e sua adoração aos elementos do xamanismo, que reluta em abandonar, mesmo tendo sido batizado e criticado pela sua cultura, supostamente, anticristã. “Eisejuaz” é um estudo. A explicação sobre um povo, sem discursos óbvios ou comiseração.

O melhor filme recente do cinema francês está na Netflix e passou despercebido

O melhor filme recente do cinema francês está na Netflix e passou despercebido

“Athena”, crônica de Romain Gavras repleta de lances impactantes da vida nos subúrbios de Paris hoje, não tem por propósito condenar vilões nem eleger heróis que entregam a vida de bandeja para que a humanidade se salve. Gavras parece não ter pejo algum de dizer o óbvio — até porque o óbvio sempre tem seus tantos labirintos. Essa talvez seja a maior qualidade de seu filme, apocalipse real e sem nada do glamour das histórias de ficção científica.

O filme mais impactante do cinema na última década está na Netflix e não te deixará piscar Richard Foreman / Lionsgate

O filme mais impactante do cinema na última década está na Netflix e não te deixará piscar

“Sicario: Terra de Ninguém” é uma excelente contribuição do cinema ao debate sobre a onipresença e a onipotência do tráfico de drogas. É impossível dissociar violência e tráfico, e nesse particular, já no prólogo, o filme de Denis Villeneuve, um dos realizadores mais sofisticados da indústria cinematográfica do nosso tempo, faz questão de deixar claro que não vai pegar leve.

Filme desconcertante da Netflix irá te deixar sem fôlego e sem piscar Eric Zachanowich / Netflix

Filme desconcertante da Netflix irá te deixar sem fôlego e sem piscar

Quinze anos depois de “O Operário” (2004), uma produção surpreendentemente notável, em 2019, Brad Anderson, ainda que sem o mesmo sucesso da produção estrelada por Christian Bale, confere um toque muito pessoal a “Fratura”, e esse é o segredo. Balançando as estruturas do suspense clássico, o diretor traz uma história sem nexo à primeira análise, e tanto pior se se comparar a introdução e o desfecho em separado. Contudo, há que se prestar toda atenção no princípio para se entender o fim de uma história — e em “Fratura” mais ainda.