Baseado em fatos reais: o filme da Netflix que vai te marcar profundamente Divulgação / Focus Features

Baseado em fatos reais: o filme da Netflix que vai te marcar profundamente

O silêncio antes do grito tem o peso de uma eternidade. Não há som mais lancinante que o da consciência quando finalmente desperta, e exige, com a fúria de um trovão contido, que se parta. Harriet Tubman ouviu esse grito. Não para si. Ou não só. Cada passo que deu rumo ao norte foi uma negação do destino, um insulto à ordem plantada à força. A liberdade, dizem, é uma dádiva. Mentem. É uma escolha difícil, suja, perigosa. E às vezes, para salvá-la, é preciso primeiro aceitar que morrer talvez não seja o pior dos preços.

Os 5 maiores dramas da HBO Max que ninguém comenta, mas deveria Divulgação / BBC Films

Os 5 maiores dramas da HBO Max que ninguém comenta, mas deveria

É verdade que as plataformas de streaming precisam oferecer uma boa variedade de títulos para atrair mais assinantes. Ter um catálogo cheio, diverso e sempre em renovação é fundamental para captar a atenção dos clientes. Mas, no meio disso tudo, é natural que produções incríveis, de qualidade impecável, fiquem às margens, enquanto outros filmes ganham maior destaque. Afinal, o algoritmo trabalha de acordo com o que cada pessoa consome, e é verdade que a maior parte do que é consumido não é lá essas coisas.

Spinoza matou Deus antes de Nietzsche — e ninguém percebeu

Spinoza matou Deus antes de Nietzsche — e ninguém percebeu

Ao redefinir a ideia de um ser transcendental e tudo o que há por trás disso, Baruch Spinoza (1632-1677) não apenas dissolveu a imagem tradicional de um Deus metafísico, antropomórfico e inalcançável, como inaugurou uma revolução filosófica que só mais tarde seria percebida em sua toda a sua complexidade. Nesse sentido, e possível afirmar que Spinoza matou Deus duzentos anos à frente de Nietzsche, e ninguém se deu conta.

3 filmes recém-chegados à Netflix que entregam tudo — sem enrolar Melinda Sue Gordon / Warner Bros. Entertainment

3 filmes recém-chegados à Netflix que entregam tudo — sem enrolar

Assinou a Netflix e agora tem acesso ao maior acervo cinematográfico da internet. Isso mesmo: são mais de 3 mil títulos disponíveis no catálogo, que se renova de tempos em tempos para nunca te deixar entediado. Há 15 anos, você precisava procurar uma locadora de vídeos, fazer um cadastro, esperar dias por uma reserva que já tinha passado pela casa de outra pessoa para, enfim, conseguir assistir. Hoje, tudo mudou. Todo mundo pode assistir junto, no mesmo dia em que o título chega à plataforma. E tem mais: a Netflix também produz seus próprios filmes — ou seja, boa parte do catálogo é exclusiva.

Este suspense na Netflix é um espetáculo para os olhos e para a mente — e quase ninguém viu Divulgação / Twentieth Century Fox

Este suspense na Netflix é um espetáculo para os olhos e para a mente — e quase ninguém viu

Há filmes que parecem sonhados com os olhos abertos. “A Cura”, de Gore Verbinski, não se apressa em parecer verossímil; o realismo nunca foi seu objetivo. Há algo nos tons azulados, nas paisagens imóveis e nas janelas embaçadas que evoca uma memória ancestral de castelos e doenças, onde o tempo hesita e as promessas se dissolvem. O filme não é sobre lógica. É sobre atmosfera. Sobre desconforto. Sobre uma beleza paralisante, que não consola. E, sobretudo, sobre a suspeita persistente de que aquilo que nos oferecem como bem-estar talvez seja, secretamente, outra forma de prisão.