A sensação de, assim, por acaso, encontrar um filme no qual jamais tínhamos reparado antes, gostar do leiaute da capa, a partir dele escarafunchar a ficha técnica, saber o nome daqueles atores dos quais você não ouvira falar até então, assistir, gostar ou até mesmo achar uma porcaria, não tem o condão de fazer com que qualquer um se sinta um pouco menos ignorante, um bocadinho menos perdido no mundo? As novas — e sempre úteis — descobertas, e o gosto por fazê-las: eis o sal da vida!

Fora dos Stories, você está como? Assistindo filmes na Netflix, óbvio. E para sua programação ficar sempre renovada, a Revista Bula traz sempre seleções de filmes de qualidade para você saber o que ver na plataforma. Nessa lista, filmes emocionantes, com histórias fortes e comoventes para você se entreter e se deliciar. Apuramos aqui produções pouco vistas, mas que estão no topo do ranking da crítica especializada.

Com o fechamento das salas de cinema em 2020 e o prolongamento do hiato até meados de 2021, houve um sentimento generalizado de que pouco ou quase nada foi lançado de novo no mundo da cinematografia nesse período. Ledo engano! Há muita coisa boa escondida, porque teve de ser lançada apenas on-line. Outras acabaram tendo a repercussão ofuscada pela pandemia. Mas não se preocupe, a Revista Bula traz agora os lançamentos deste ano que você não pode perder.

A arte serve de refrigério para o homem ou, ao contrário, é o princípio de sua danação, por quase sempre fomentar ainda mais perguntas do que já tínhamos? É sublime ou venal? Divina ou satânica? Redime ou condena o homem a vaguear iludido por sua beleza até o fim dos tempos? “O Cidadão Ilustre”, no catálogo da Netflix, foi eleito o melhor filme argentino da década, justamente por, entre tantas iluminações, indagar: para que, enfim, serve a arte.

Ao dissecar os dramas pessoais de uma família taiwanesa, “A Sun” (2019), do diretor Chung Mong-hong, se aprofunda nos vários temas que afligem a humanidade desde o princípio dos tempos. Triste — e engraçado —, o drama suscita a reflexão sobre a eterna busca do homem por conferir sentido à sua vida, sujando-se o menos que puder no lodo do mundo, apesar de suas tantas decisões equivocadas.