A escola transformou Machado de Assis num castigo: A forma como os clássicos são ensinados gera rejeição — e não reverência
A sensação é que os 2,3 milhões de alunos que se formam no ensino médio todos os anos no Brasil nunca pegaram num livro senão pelo imperativo circunstancial das avaliações periódicas, que tentam mensurar, de um jeito bastante obsoleto, o que foi mesmo absorvido. Machado de Assis não é apenas o nome mais ilustre da história da literatura nacional: é um dos inventores do humano. Não conhecer a profundidade de Machado de Assis é vagar sem destino no mais absoluto breu.