Ser ator é frequentemente se expor a situações que exigem uma vulnerabilidade intensa. Há momentos em que é necessário aparecer nu em cena, em outros, estar sem maquiagem, e até ter que se envolver em contatos íntimos com colegas de trabalho. Essas circunstâncias podem ser constrangedoras, e muitos profissionais acabam despersonalizando-se para lidar com esses desafios.

Em “Retorno da Lenda”, Potsy Ponciroli revisita o oeste americano com uma narrativa que mescla ação, suspense e dilemas morais. A história acompanha Henry, um fazendeiro aparentemente comum, cujo passado escondido como foragido ressurge após o encontro com um grupo de homens da lei. À medida que os segredos de Henry vêm à tona, o filme explora as fronteiras entre herói e vilão, em um cenário marcado por desconfiança e violência iminente.

Em uma montanha isolada, um caçador vive uma existência marcada pela solidão extrema e pela luta pela sobrevivência, em um ambiente inóspito que reflete sua própria aridez emocional. “Sob a Pele do Lobo” acompanha a vida de Martinon, um homem moldado pelo isolamento, cujas interações humanas são escassas e brutais. Dirigido por Samu Fuentes, o filme explora a transformação do protagonista ao encontrar companhia e enfrentar os desafios de sua própria natureza.

Esmail, um diretor hábil, é mestre em unir o instinto autodestrutivo da humanidade com questões que afetam diretamente nossa sociedade, como o racismo, um conceito que desafia a lógica e deveria, em teoria, ter sido superado. Consciente de que não adianta alterar nomenclaturas sem mudar comportamentos, Esmail opta por uma abordagem direta e provocativa, amplificada pelo texto incisivo de Rumaan Alam, cujo romance serve de base para o filme.

ouve um tempo em que Stephen King era fascinado por crianças. “Chamas da Vingança” junta em uma história as obsessões habituais do escritor a um ligeiro mal-estar diante de infâncias traumáticas, remetendo o espectador de imediato a sucessos do calibre de “O Iluminado” (1980) ou “Carrie, a Estranha” (1976), as adaptações fílmicas para dois best-sellers kinguianos, a cargo de Stanley Kubrick (1928-1999) e Brian De Palma, respectivamente. Aqui, Keith Thomas reacende uma história de quatro décadas, empenhado em disfarçar a impressão de que se trata apenas de honrar um contrato desfavorável, bem-amparado pelo roteiro de Scott Teems.