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O maior faroeste de todos os tempos acaba de aterrissar na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

O maior faroeste de todos os tempos acaba de aterrissar na Netflix

Sergio Leone ergueu um monumento ao faroeste, mas sua construção já nascia como um epitáfio. “Era uma Vez no Oeste” não apenas revisita os ícones do gênero, mas os guia rumo a um fim inevitável, transformando cada cena em um ritual de despedida. Entre silêncios carregados e notas musicais que se tornam destino, o filme não só narra o crepúsculo do Oeste, mas também assinala a transição do cinema para uma nova era, onde os mitos do passado sobrevivem apenas como ecos distantes.

Isso não é um teste! O maior e mais lendário faroeste da história acaba de chegar à Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Isso não é um teste! O maior e mais lendário faroeste da história acaba de chegar à Netflix

Sergio Leone reinventa o faroeste como uma ópera visual em que cada silêncio carrega um peso tão intenso quanto um duelo. “Era uma Vez no Oeste” transcende o embate entre heróis e vilões e se transforma em um réquiem cinematográfico para um tempo que se desfaz. O avanço da ferrovia não apenas molda o destino dos personagens, mas sela o fim de um mundo que sobrevive apenas na memória. Um adeus épico, lírico e definitivo.

O filme de 2024 que Steven Spielberg diz ser um de seus favoritos de todos os tempos, na Max Divulgação / Warner Bros.

O filme de 2024 que Steven Spielberg diz ser um de seus favoritos de todos os tempos, na Max

Em “Duna: Parte Dois”, a transformação de Paul Atreides ganha contornos ainda mais densos. O jovem, interpretado por Timothée Chalamet em um de seus desempenhos mais maduros, oscila entre o peso de uma profecia e a brutalidade de uma guerra iminente. A complexidade do personagem se intensifica: ele emerge como um líder messiânico, mas também como um estrategista implacável, dividido entre a justiça e as armadilhas do poder. O dilema que enfrenta — ser o libertador de um povo oprimido ou um conquistador imbuído de fatalismo — ecoa nas camadas sutis da narrativa.

Drama sobre pertencimento e memória é obra-prima subestimada, com Ralph Fiennes, na Netflix

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Edith e Basil compartilham mais do que uma missão arqueológica. Ambos são forasteiros em seus próprios mundos, buscando reconhecimento e significado. Para Edith, a escavação torna-se um último ato de afirmação antes que a doença a consuma. Sua culpa pela própria fragilidade se mistura à dor do luto, sugerindo que sua enfermidade pode ser uma manifestação física de sua perda. O filme insinua a somatização do sofrimento em uma época em que a psicanálise ainda era incipiente, levantando questionamentos sobre o impacto emocional no corpo.

O filme que levou 30 anos para ser gravado e fez Kevin Costner vender tudo que tinha, na Max Divulgação / New Line Cinema

O filme que levou 30 anos para ser gravado e fez Kevin Costner vender tudo que tinha, na Max

“Horizon – Parte 1” nos transporta para os tempos turbulentos da colonização do Oeste, retratando a formação de um assentamento em meio às tensões entre pioneiros e povos indígenas, além das cicatrizes deixadas pela Guerra Civil Americana. Como esperado, a narrativa adota a perspectiva dos colonos, embora a complexidade dos conflitos seja abordada com um olhar menos maniqueísta do que o habitual.