Arquivos

Com Ewan McGregor, Jennifer Connelly e Dakota Fanning, thriller baseado em livro vencedor do Pulitzer, está no Prime Video Divulgação / Lionsgate

Com Ewan McGregor, Jennifer Connelly e Dakota Fanning, thriller baseado em livro vencedor do Pulitzer, está no Prime Video

Não há terremoto mais silencioso do que o colapso de uma família ideal. “Pastoral Americana”, adaptação cinematográfica do romance de Philip Roth, não busca apenas contar uma história — ela se lança no terreno pantanoso da desilusão com o sonho americano, expondo o abismo entre aparência e essência, entre a ordem fabricada e o caos inevitável. Sob a batuta inesperada de Ewan McGregor, que também interpreta o protagonista Seymour “Swede” Levov, o filme se estrutura como um estudo minucioso sobre a implosão de uma vida que, à primeira vista, parecia imune ao colapso.

Comédia sueca escondida na Netflix é programa perfeito para seu sábado Divulgação / Netflix

Comédia sueca escondida na Netflix é programa perfeito para seu sábado

Com tantos filmes inflacionados com desfechos previsíveis, “Prisioneiro do Caos” escapa pelas frestas como uma anomalia bem-vinda. A comédia criminal sueca, disponível na Netflix, é um remake do longa  Strul” (1988), de Jonas Frick, não como uma mera atualização, mas como um reposicionamento completo da lógica de seu gênero. Nas mãos de Jon Holmberg, o absurdo não é um efeito cômico gratuito: é a espinha dorsal de uma crítica silenciosa, mas implacável, à fragilidade das instituições e ao acaso que rege destinos comuns.

Obra-prima de David Fincher, com Brad Pitt e Morgan Freeman, vai deixar cada cena grudada para sempre na sua cabeça — na Max Divulgação / Juno Pix

Obra-prima de David Fincher, com Brad Pitt e Morgan Freeman, vai deixar cada cena grudada para sempre na sua cabeça — na Max

Em uma metrópole sem nome, eternamente encoberta por nuvens espessas e açoitada por uma chuva que nunca cessa, o tempo não flui — ele apodrece. A atmosfera é de decomposição moral, onde o concreto encharcado parece pulsar com a angústia dos que ali sobrevivem. É nesse purgatório urbano que “Seven: Os Sete Crimes Capitais” se desenrola, como uma liturgia sombria da decadência civilizatória.

Gene Hackman e John Cusack em thriller de tribunal baseado em best seller de John Grisham, na Netflix Divulgação / New Regency Productions

Gene Hackman e John Cusack em thriller de tribunal baseado em best seller de John Grisham, na Netflix

Há filmes que permanecem vivos não pelo espetáculo visual ou pela pirotecnia narrativa, mas porque têm a coragem de explorar os interstícios onde a justiça se corrompe e o poder se dissimula. “O Júri”, dirigido por Gary Fleder e baseado no romance homônimo de John Grisham, é exatamente esse tipo de cinema — não aquele que nos oferece respostas bobas, mas que expõe a engrenagem oculta por trás do veredito.

Ação com Melissa McCarthy e Elisabeth Moss para quem é fã de adaptações de HQs, na Max Divulgação / BRON Studios

Ação com Melissa McCarthy e Elisabeth Moss para quem é fã de adaptações de HQs, na Max

Nas vielas abafadas de uma Nova York setentista, não são os gritos nem os tiros que mais ecoam, mas sim o silêncio cortante de mulheres que cansaram de esperar por permissão. “Rainhas do Crime” nasce dessa tensão: um campo de batalha onde as protagonistas não imploram por espaço — elas o reivindicam com sangue e cálculo. Adaptado da minissérie da Vertigo e dirigido por Andrea Berloff, o longa se anuncia como um gesto audacioso de inversão narrativa: três esposas de mafiosos, relegadas à invisibilidade enquanto os maridos comandavam o submundo, decidem não apenas sobreviver à ausência dos homens, mas tomar de assalto o poder que eles deixaram para trás.