Autor: Hélverton Baiano

O melhores livros lidos em 2023 (Hélverton Baiano)

O melhores livros lidos em 2023 (Hélverton Baiano)

Para mim, foi um ano profícuo em leituras, com uma certa desaceleração do final do ano, porque bateu uma preguicinha e vontade de curtir mais outras coisas mais ociosas. No entanto, consegui chegar aos 66 livros lidos, incluídos aí uns dez de poesia, para os quais dispendo menos tempo, e algumas releituras. Atravessei “Os Irmãos Karamázov”, de Fiódor Dostoievski, que é um clássico da literatura mundial, autor de quem já havia experimentado “Crime e Castigo” e “Noites Brancas”.

Um Artista do Seu Tempo, de José Fábio da Silva

Um Artista do Seu Tempo, de José Fábio da Silva

É para se colocar na prateleira das maravilhas o romance “Um Artista de Seu Tempo”, de José Fábio da Silva, pelo Selo Naduk, da negalilu editora (2022). É distópico, interessante, mistura ficção científica com realidade, prende a atenção, é recheado ironias e exige acuidade do leitor para acompanhar e destrinchar o enredo, que é recheado de muitas estórias que, pouco a pouco, vão se conectando. Eu o li no original, fazendo uma primeira revisão, em um momento meio covid e meio dengue e quase embarquei, ou melhor, embarquei no desenredo, fazendo um esforço estupendo para acompanhar a criatividade do autor.

Breve Segunda Vida de uma Ideia, de Solemar Oliveira

Breve Segunda Vida de uma Ideia, de Solemar Oliveira

Pode até ser pretensão, mas não demasiada comparar “Breve Segunda Vida de uma Ideia”, livro de contos de Solemar Oliveira (Editora Novo Século), com a contística borgeana, com um pouco mais de fantasia. Eu fiquei bem impressionado e recomendo, porque tem exímia na literatura dele. São contos muito bem trabalhados, concatenados e que carregam o leitor para histórias lindamente escabrosas, sobretudo bem construídas e com uma linguagem que prende e cativa.

Tresvarios da folia

Tresvarios da folia

Vesprando o carnaval, a viúva Cinira de Bilora já se impactava com uns dilurimentos nos bofes, por conta da algazarra que os foliões faziam em sua pacata Miraflor, som alto perturbando o sono, imoralidades diversas nos escaninhos das ruas e praças e as nojeiras de mijo, bosta e vômito que deixavam para o deleite de mosquitos e moscas, o sofrimento do olfato e a proliferação de macacoas e murrinhas.