Autor: Giancarlo Galdino

Catalina Aguilar Mastretta é um dos exemplos da novíssima safra de diretoras latinas que parecem fazer do cinema um excelente meio para que se esmiúcem dramas familiares, sobretudo os que fundam-se em tabus cheios de rincões escuros como a maternidade. Refervem no caldeirão de seu “As Horas Contigo” alguns dos grandes temas da vida, em especial aqueles que podem levar uma pessoa comum até as raias da loucura, ao menos em se tomando por padrão a questionável sanidade que define as conexões humanas mais superficiais.

Dispondo de um orçamento nababesco, elenco afinado e uma história que consegue se manter de pé a despeito de incoerências pontuais, Gary Ross faz de “Jogos Vorazes” o princípio de uma saga que se desdobra em mais três filmes, grande parte mérito de uma estrela aplicada, que já dava sinais evidentes de que iria muito longe.

“Rambo: Até o Fim”, de Adrian Grunberg, é como se fosse a continuação descontinuada, com a licença da teratologia, das desventuras do ex-militar eternizado por Stallone. Em comum com todas as outras produções da franquia, aqui John Rambo também se imbui de propósitos humanitários, ainda que sua nova configuração em nada se relacione à dos quatro filmes anteriores.