7 tesouros, escondidos na Netflix, que você não assistiu Karen Ballard / Netflix

7 tesouros, escondidos na Netflix, que você não assistiu

As pesquisas de Galileu Galilei sobre a forma como se apresentavam as evidências científicas acerca dos mais variados eventos que importam para a humanidade continuaram pelas mãos de seu sucessor direto, o inglês Isaac Newton (1643-1727), que enunciou as leis da mecânica determinista clássica. Tomando os fundamentos de seu estudo primeiro, Newton pôde elaborar novas conjecturas, depois ratificadas, no que concerne a, por exemplo, o lugar que ocupam as massas celestes, para onde se deslocariam, em que velocidade e quanto tempo levariam para concluir toda a operação. Newton, por sua vez, foi sucedido pelo alemão Albert Einstein (1879-1955) que, valendo-se das leis do movimento e da gravitação, concebidas pelo inglês, portava todo o cabedal necessário a fim de sustentar sua teoria da relatividade, essencial para se tentar entender a ordem tão particular do universo, um emaranhado de astros, estrelas, planetas e tantas outras estruturas que vagam desde o princípio dos tempos em alguma parte sobre nossas cabeças. A continuação da vida na Terra depende da investigação permanente e do aperfeiçoamento de todas essas ideias, a fim de garantir que se afaste a possibilidade de eventos inesperados, que nunca deixaram de se dar, sem maiores consequências. Entretanto, o homem não ajuda nem a ciência, muito menos a natureza. A humanidade também é movida a desordem. Nunca satisfeito com nada e sempre disposto a colocar à prova o mundo, o sistema, o outro, a si mesmo, o gênero humano parece querer botar a perder todas as conquistas que fez ao longo de milênios de um processo evolutivo lento, a começar pela própria civilização.

Talvez seja mesmo verdadeira a filosofia barata que alardeia que só o amor — mesmo com as suas muitas imperfeições — salva, como se assiste em “Orgulho e Preconceito” (2005), do britânico Joe Wright, ainda que exija de nós tantos sacrifícios e renúncias muitas vezes perversas, a exemplo do que se tem ao longo do enredo de “Big Fish e Begônia” (2018), dos chineses Liang Xuan e Zhang Chun. Alivie o saco cheio do ano ainda longe do término, da loucura mundana, da estupidez dos homens, com esses e mais cinco filmes no acervo da Netflix, produzidos entre 2022 e 2005. Acredite: é o melhor que a gente pode fazer.