8 filmes de ficção científica na Netflix que desafiam você a pensar

8 filmes de ficção científica na Netflix que desafiam você a pensar

Qual é o sentido de se ver um filme que ao fim de duas horas não terá lhe dito absolutamente nada? Muita gente vai dizer que ao menos se fez aquela espécie de higiene mental: senta-se na frente da televisão e entra-se numa espécie de transe hipnótico, de preferência com um bom balde de pipoca ao lado, para tornar a “experiência” mais eficiente. A função da arte à luz da catarse, como meio que o homem tem para se livrar de sentimentos que a vida em sociedade desencoraja e o ordenamento legal pune — às vezes, com rigor; noutras, nem tanto — nunca foi tão valorizada. Uma casa para ser habitável precisa de limpeza constante e o mesmo se dá com a alma humana: há que se botar o lixo para fora e, de preferência, queimá-lo. Contudo, a arte não se presta só a isso — ou aquilo que se pode chamar verdadeiramente de arte, pelo menos. A arte pode, também, ser uma importante ferramenta de transformação social. Nos primórdios da humanidade, nossos ancestrais descobriram o poder das mais diversas manifestações artísticas, ainda muito rudimentares, claro, por meio da pintura nas cavernas, dos cantos de guerra e de paz, da contação de histórias. Destarte, o homem foi desenvolvendo a capacidade de pensar em outras maneiras de solucionar seus problemas e, à medida que novos cenários se desenhavam e novas realidades se impunham, mais autoconfiante se sentia e mais apto se tornava quanto a enfrentar suas vicissitudes. A arte lhe serviu para ampliar seu pensamento, e isso nem é uma figura de linguagem: quanto mais o homem criava, mais pensava e maior se tornava sua caixa craniana. Hoje, a Bula tem oito filmes no catálogo da Netflix, todos de ficção científica — talvez o gênero mais cabeçudo do cinema e que, justamente por ser cinema, não prescinde da emoção — para ajudar você a sacudir a bananeira, a pasmaceira, o lero-lero, o mimimi. Em “A Chegada” (2016), do diretor franco-canadense Denis Villeneuve, uma linguista famosa é chamada a fim de desvendar mensagens de alienígenas. Numa pegada mais muito mais soft, “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), do francês Michel Gondry, fala de amor, do fim do amor, e de como a ciência pode — ou não — se meter nisso. Os títulos são sugeridos do lançado há menos tempo para o mais antigo e não observamos nenhum outro critério. Pense, exista!

Imagens: Divulgação / Reprodução Netflix